8º Festival do Mel começa nesta sexta e vai até domingo no Cariri

8º Festival do Mel começa nesta sexta e vai até domingo no Cariri

Eventos - 15, setembro, 2016

 

Começa nesta sexta-feira (16) e vai até o domingo (18) o 8º Festival do Mel, na cidade de São José dos Cordeiros, no Cariri da Paraíba.

Na programação haverá clínicas tecnológicas, palestras sobre empreendedorismo e apicultura, além de apresentações culturais e uma feira de produtos derivados do mel.

Sábado e domingo haverá o 8º Seminário de Integração da Cadeia Produtiva da Apicultura e Meliponicultura do Cariri Ocidental Paraibano. Mais de 150 pessoas já se inscreveram.

Seca não interrompeu atividademel2

De acordo com Madalena Arruda, gerente do Sebrae na cidade de Monteiro, instituição que apoia a atividade desde 2000 na implantação do Pacto Novo Cariri, a apicultura se mantém, apesar da estiagem. “Existe a cultura dos moradores dessa cidade. Eles vêm de gerações passadas de apicultores. Quando o Sebrae começou a apoiar a atividade, na época, a apicultura era promissora na região. Apesar da estiagem e da diminuição da produção, continuamos com total apoio aos que ainda se mantém”, explicou.

Os técnicos e consultores que trabalham com os grupos de apicultores identificaram como uma potencialidade da região e têm a atividade como a principal. “É uma atividade sustentável, que trabalha o social e o econômico. Por isso o envolvimento de tantos profissionais na apicultura, para que juntos, produtor e consumidor, possam ter sustento e alimento sem agressão ao meio ambiente”, enfatizou.

Gastronomia

O evento contará com uma variedade de produtos na área gastronômica, com degustação e comercialização de itens da culinária do mel. Os visitantes poderão apreciar e comprar artesanato, conhecer os stands e comprar equipamentos apícolas.

O Festival é realizado pela Associação dos Apicultores e Meliponicultores de São José dos Cordeiros.

Perdas e resistência

As atividades da apicultura e meliponicultura tiveram perdas nos últimos cinco anos devido à seca. Mas entre histórias de desistência da criação de abelhas, existem as de resistência e perseverança na atividade rural.

Segundo o extensionista da Emater, Ismar Vilar, a produção anual da região de São José dos Cordeiros é de meia tonelada. Essa produção está complementando a renda de 12 famílias da Associação.

Segurar as abelhas para época de chuvas

“A produção foi reduzida, mas os produtores estão destinando os produtos para o próprio Cariri. A atividade está sendo mantida pelas pessoas mais competentes. Com a diminuição das floradas, estamos trabalhando na recuperação do meio ambiente através da plantação das árvores que servem para a apicultura, para mantermos os enxames até a época boa de chuvas”, explicou.

Uma das técnicas utilizadas pelos produtores é a de multiplicação de enxames. O agricultor Manoel Bezerra, de São José dos Cordeiros, é um exemplo. Os técnicos ensinaram a multiplicação por puxada natural, que é simples, distribuindo as abelhas para uma nova colmeia. “Nessa transposição, pega-se um enxame forte, retira-se cinco quadros, dois de alimentação e três de cria, e coloca-se em outra colmeia vazia. Completa-se os espaços com cera alveolada. Assim, Manoel aumentou sua produção de três enxames para 12”, explicou Ismar.

 

Programação

SEXTA – FEIRA (16)

Praça central

18h – abertura oficial

19h – desfile “Garota do mel”

 

SÁBADO (17)

Palestras

* todas as palestras serão no clube Asa Branca

8h – credenciamento;

8h30 – “Evolução histórica da apicultura, com José Ozildo dos Santos”, mestre em Sistemas Agroindustriais – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG);

9h30 – “Profissionalização do setor apícola no Brasil, com José Soares de Aragão Brito, presidente da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA) e vice-presidente da Federação Latino Americana de Apicultura (FELAPI)

11h – “A arte de fumigar”, com Lula do mel, presidente da Federação de Apicultura e Meliponicultura de Pernambuco (FEAMPE);

12h – almoço;

14h – “Panorama e perspectivas da apicultura no semiárido”, com o consultor do Sebrae, Jean Samel Rocha;

15h – “Hidromel como forma de agregar valor ao mel”, com Luanna Pinto Vilar, formanda em Engenharia de Biotecnologia e Bioprocesso (UFCG); Júlia Ferreira da Silva, formanda em Engenharia de Alimentos (UFPB);

16h – mesa redonda: “Alternativas de desenvolvimento da apicultura e meliponicultura no semiárido paraibano”, com o pesquisador em Apicultura e Meliponicultura da Emepa-PB, Joaquim Efigênio Maia Leite;

18h – exposição de trabalhos científicos.

 

DOMINGO (18)

Oficinas

* todas as oficinas serão no clube Asa Branca

10h às 12h

Sala 1 – “Meliponicultura”, com o mestre em Zootecnia (USP), técnico em Apicultura e Meliponicultura (UFPB) e instrutor do SENAR/PB, Josenildo Querino Dias;

Sala 2 – “Disponibilidade e importância de recursos florais para polinização e produção melípona na região semiárida”, com o doutorando em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Ramon da Silva Santos;

Sala 3 – “Manejo avançado de colmeias para alta produtividade”, com o técnico em Apicultura e Meliponicultura da Emepa-PB, instrutor do SENAR/PB e gestor de Sistemas de Produção Apícola na Empresa Rainha da Paraíba, Leon Denis Batista do Carmo;

Sala 4 – “Mais mel e mais renda para os apicultores”, com o consultor do Sebrae, Jean Samel.

 

(Informações do Sebrae-PB)