A vida em Marte inspira disco de Rick Wakeman

A vida em Marte inspira disco de Rick Wakeman

Música - 30, janeiro, 2021

Rick Wakeman foi um dos artistas que teve um produtivo período de quarentena. Aos 71 anos, o tecladista britânico usou parte do período em que esteve isolado para concluir um álbum relativamente bem recebido em junho do ano passado pelos fãs chamado ‘The Red Planet’, com oito temas instrumentais inspirados na vida que ele tem a certeza de existir no planeta Marte.
Wakeman diz que se trata de um autêntico álbum de rock progressivo, como nos velhos tempos. “Eu gravei tudo durante os primeiros três meses deste ano (2020) e consegui completá-lo (o disco) antes de o coronavírus provocar o bloqueio aqui no Reino Unido. Estou feliz de poder dizer que fui extremamente bem recebido em todas as partes do mundo.”
A empolgação de Rick Wakeman, maior nome em atividade de uma geração que fez os anos 70 sobrevoar a Terra com timbres e sonoridades sem similares até então, se estende ao grupo que o acompanhou mesmo em situações de finalizações remotas. “Estou muito feliz com a forma como esse disco aconteceu. Trata-se de um verdadeiro álbum feito por um teclado de prog rock em todos os sentidos da palavra, com algumas tomadas bem importantes dos músicos que escolhi”. Eles são Lee Pomeroy no baixo, Dave Colquhoun nas guitarras e Ash Soan na bateria. A coprodução ficou com Erik Jordan.
Rick Wakeman parece o garoto que chegou ao Yes com 25 anos quando segue falando de The Red Planet. “A verdade é que eu não poderia ser mais feliz. Aconteceu melhor do que eu poderia ter desejado. Não há um elemento no álbum que eu possa mudar”.

Sobre o tema do disco, ele diz que a humanidade, finalmente, está pronta para dar razão ao que David Bowie disse nos anos 1970. “Estamos aprendendo muito sobre o Planeta Marte, ele está lentamente abandonando seus segredos e revelando o quanto tem de água em rios e oceanos. Meu bom amigo David Bowie estava completamente certo quando dizia que ‘há vida em Marte!’”
Ao contrário da opinião de parte dos roqueiros de que o rock progressivo seja um animal extinto desde os anos 80, o tecladista diz: “De jeito algum, ele não está extinto. É claro que nunca alcançará as alturas dos primeiros anos e da metade da década de 1970, mas com tantos músicos jovens abraçando o prog rock, a música está em constante evolução. Acho que o futuro do gênero é brilhante.”

Em sua opinião, o que teria levado seu público a adorá-lo como a uma entidade? As capas douradas e os visuais elaborados teriam ajudado uma idolatria por vezes desmedida?

“Sim, eu entendo totalmente o que você está dizendo, mas não é verdade. Alguns de nós acreditamos nessa idolatria, mas somos todos diferentes. O único culto que temos é pela música.”
Se Rick Wakeman conhece bandas de rock brasileiras?

“Sua pergunta me encoraja a pesquisar para saber mais do que está acontecendo musicalmente no Brasil e quem são os artistas atuais que estão causando as boas impressões. Vocês sempre tiveram um padrão muito alto de música. Espero logo poder voltar aí. Nunca me esqueço da primeira visita que fiz para tocar em seu país em 1975”.

(Da Redação – compilação de textos da web)