Agora Rio e São Paulo realizam seus fóruns de forró de raiz

Agora Rio e São Paulo realizam seus fóruns de forró de raiz

Eventos - 16, abril, 2018

 

João Pessoa deu o pontapé em novembro do ano passado e agora a luta pelo fortalecimento do forró e suas matrizes culturais está se expandindo pelo País. Depois de passar por outros Estados nordestinos, as discussões sobre o tema chegam a São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 23 e 29 deste mês, quando ocorrerão os fóruns regionais de Forró de Raiz.

No Rio, a programação inclui audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado, marcada para às 9h do dia 26 (no Teatro Sesc Ginástico/Castelo), sob a coordenação da presidente da comissão, a senadora Fátima Bezerra, e as presenças do ministro Sérgio Sá Leitão (Cultura), de representantes do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (Iphan) e do Sesc, e da cantora Elba Ramalho. A audiência continua à tarde, com a exposição dos aspectos conceituais das matrizes do pé-de-serra.

No dia seguinte, também ás 9h, mas agora no Sesc Tijuca, haverá debates em torno das leis de regularização e do fomento cultural, mídias e políticas públicas. No sábado (28), o fórum debate políticas públicas, territórios, comunidades/atividades do forró de raiz, tento como convidados Kiko Horta, Daniel Gonzaga, Marcelo Caldo, Gilberto Teixeira, Felipe Trotta e Chico D’ângelo.

Às 22h, será realizado um grande show na feira de São Cristóvão com grandes estrelas, entre elas, Gilberto Gil e Tânia Alves. Estará presente também a paraibana Sandra Belê, que integra a comissão que coordena o fórum e se apresentará no palco.

Em São Paulo, o Fórum será realizado dias antes, de 24 a 26.

Reunião no Sesc para organização do fórum carioca

O objetivo

A realização dos fóruns estaduais têm a intenção de mobilizar os forrozeiros em cada região em torno do objetivo maior que é a o registro do forró e suas matrizes culturais como patrimônio imaterial. O movimento começou na Paraíba e em Pernambuco e alastrou-se pelo país, um movimento que tem como mola mestra a paraibana Joana Alves, que percorre o Brasil agregando parceiros de autarquias, órgãos do governo e principalmente os trabalhadores que militam pelos ritmos nordestinos – ou seja: músicos, cantores, compositores, DJs, produtores culturais, dançarinos e toda a cadeia produtiva do baião, xote, xaxado, coco e arrasta-pé

Processo para isso existe desde 2011 no Iphan, sofrendo sem dotação orçamentária que financie o grande trabalho de pesquisa e consulta que representa. Os fóruns têm a missão de mobilizar forrozeiros nas discussões específicas dessa arte e da cultura em seu entorno e pressionar o Governo a destinar a verba necessária ao trabalho de campo que resultará no registro como patrimônio imaterial cultural do Brasil.

(José Carlos dos Anjos Wallach)