Amigos artistas se juntam pelo tratamento de Matheus Brisa

Amigos artistas se juntam pelo tratamento de Matheus Brisa

Música - 29, abril, 2020

 

Cantores, atores, compositores, músicos em geral e todo pessoal que integra a cadeia da indústria artística foram os primeiros a sentir os danos econômicos da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Em todo o mundo, os artistas perderam o público – que correu para casa no necessário isolamento social. O drama deles é geral. Mas, em João Pessoa, ao menos um artista sofre ainda mais nesse atual quadro.

O nome dele é Matheus Brisa, um jovem compositor e cantor, de 22 anos, que vive do que coleta em suas apresentações pelas praias, em barzinhos, pequenos shows. Matheus vinha doente há algum tempo e, após a passagem por vários médicos, descobriu que está com câncer (veja relato abaixo).

Justo quando ele tomou ciência do seu problema, veio a crise da Covid-19, que fechou espaços de cultura e causou a quarentena. Matheus, como os outros artistas, perdeu a já pouca fonte de renda que tinha. Sozinho em casa, ele encontra-se muito vulnerável porque tem se alimentado mal e a doença o debilita bastante.

Nessa segunda-feira (28), duas amigas artistas foram à casa de Matheus e o ajudaram com alimentação, limpeza e para por a casa em ordem. Relataram em um grupo de WhatZapp que ele precisa de companhia e propuseram um revezamento de amigos para levar ao cantor carinho e amor.

Sem recursos, o próprio Matheus criou a campanha ‘Luta contra o câncer de Matheus Brisa’ na plataforma eletrônica Vakinha (clique para colaborar aqui). Qual pessoa pode colaborar com quantias a partir de R$ 25.

Matheus precisa arrecadar R$ 15 mil para fazer face à primeira fase do tratamento. Ele tem uma série de exames caros para fazer com urgência. Os resultados darão ao médico condições de traçar a estratégia do tratamento para Matheus.

O relato de Matheus

“Olá me chamo (Matheus), sou músico de música autoral do Gênero pop, a minha vida toda venho lutando para divulgar meu trabalho apresentando voz e violão em projetos sociais nas praias pessoalmente pessoa por pessoa sem ganhar nada só para alcançar meu sonho de viver da minha própria arte, e no ano de 2018 passei por uma dificuldade com uma doença chamada H.Pylory uma doença no estomago sofri por 1 ano perdi mais de 25 quilos e consegui com ajuda de Deus para me livrar da doença, sendo que no ano de 2019 eu comecei A sentir novos sintomas sendo em outra região, apareceu um linfonodo localizado na virilha, fiz vários exames e os médicos sempre me dizia que não era nada gastei 8 mil reais em exames com dinheiro de shows de barzinho que eu fazia e tinha juntado. com o tempo a doença se agravou e no ano 2020 eu desabafei com um amigo meu sobre os sintomas é ele arrumou uma ajuda com a mãe dele, que trabalha em um hospital aqui em João Pessoa-PB o linfonodo que estava na virilha agora esta em todo o corpo entre abdomen, pernas, pescoço, tórax, axila é braços. e ai descobri que estava com um câncer chamado (linfoma de Hodking) quando eu estava atrás do tratamento aconteceu a pandemia do corona vírus no Brasil, sendo muito afetado minha Família por Não ter condições financeiras de me ajudar é os hospitais estão em colapso por conta da pandemia sou um paciente que corre risco fatal e peço de coração ajuda de todos que sentir o amor de ajudar uma pessoa que sorri sempre por dias melhores e que deseja viver para transbordar alegria como sempre através da música toda ajuda será uma alegria imensa.  Que Deus possa te dar em dobro por me ajudar a sonhar e sorrir novamente!”

Linfoma de Hodgkin

Linfoma ou Doença de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo.

O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones. Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino.

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; porém é mais comum entre adolescentes e adultos jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 39 anos) e idosos (75 anos ou mais). Os homens têm maior propensão a desenvolver o linfoma de Hodgkin do que as mulheres.

A incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970 devido aos avanços no tratamento. A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente. (Informações retiradas da página do Instituto Nacional do Câncer).

(Por José Carlos dos Anjos Wallach)