Ave Máquina, fiel a tropicalistas e vanguarda

Ave Máquina, fiel a tropicalistas e vanguarda

Música - 28, março, 2021

Música sem amarra estética ou conceitual. Essa é a proposta da Ave Máquina, banda surgida na capital carioca no começo de 2018. Por isso, o grupo não se preocupa com que caminhos seguir e se deixa influenciar por tudo o que for arte musical, mas com ao menos uma raiz de fidelidade: a abordagem do trabalho sempre se inspira na liberdade dos tropicalistas e compositores de vanguarda dos férteis Anos 60 e 70.

(Foto divulgação, acima)

A mistura que forma o som da banda reúne diferentes referências artísticas de seus integrantes. Kátia Jorgensen, vocalista, é influenciada por Gal Costa, Billie Holiday, Rita Lee, Angela Ro Ro e Tina Turner. Em sua carreira, já cantou ao lado de ícones como João Donato, Seu Jorge, Sílvia Machete, Simone Mazzer e Chico Chico.

Na bateria, o grupo conta com o autodidata Fiu, que tocou na banda de rock progressivo Pássaros. Suas influências passam por ritmos que vão da música africana ao rock n’ roll.

O baixista Rafael Monteiro é formado em música pela Universidade Cândido Mendes e foi aluno dos baixistas Adriano Giffoni e Bruno Migliari. Suas principais influências no instrumento são Paul McCartney, Liminha e John Paul Jones. Foi integrante das bandas Madre e Camerata Violétrica.

Yuri Ribas, que também fez parte da Camerata Violétrica, é guitarrista, musicoterapeuta especialista pelo Conservatório Brasileiro de Música onde também se graduou em cordas dedilhadas. Traz influências da escola de guitarra, em nomes como Jimmy Page e Martin Barre, como também da escola de violão brasileiro, em figuras como Garoto e Raphael Rabello.

O começo

Em dezembro de 2018 o grupo gravou a música “Terra Oca”, de autoria de Rafael Monteiro, no estúdio Ouvido em Pé, onde contou com o apoio de Mari Blue como engenheira de som e de Mário Wamser como produtor. A música foi lançada em janeiro de 2019 em todas as plataformas digitais, além de um lyric vídeo contendo imagens do clássico filme “2001: Uma odisseia no espaço”.

A boa repercussão da canção fez com que a Ave Máquina fizesse uma série de shows no Rio de Janeiro durante o ano de 2019, tendo se apresentado em casas de show importantes do cenário independente carioca como: Audio Rebel, Saloon 79 e Lapa Irish Pub.

Em julho do mesmo ano, a Ave Máquina lançou a música “Me dou Mal”, gravada ao vivo no Gravea Estúdio com participação da cantora Anna Lu. A música, de autoria de Kátia Jorgensen, está em todas as plataformas digitais e conta com um clipe ao vivo disponível no Youtube.

Em Janeiro de 2020 a Ave Máquina gravou o programa Release Showlivre em SP, onde mostrou seu repertório autoral. A apresentação foi lançada em março do mesmo ano como álbum ao vivo em todas plataformas digitais pela Showlivre.

Produção na pandemia

Mesmo mantendo o distanciamento necessário durante a pandemia, o grupo vem encontrando maneiras de continuar produzindo sua arte. O Webclipe da música Zumbi Tropical, que contou com a colaboração de diversos seguidores da banda, foi lançado em maio de 2020 nas redes sociais e Youtube. A música teve uma ótima repercussão e o clipe chamou bastante atenção, no qual tanto a banda quanto seus seguidores, puderam dar seu recado sobre o então momento social do país.

Em 2020, a banda também participou de festivais on-line como o Playing for Change Day e o Pedrada At Home. Em maio tocaram no Festival Rebel Vive.

No final de julho a banda lançou o webclipe de sua versão de ‘Heroes’, clássico de David Bowie. Tanto o clipe quanto a música foram produzidos sem que a banda se encontrasse presencialmente.

O grupo apresentou um clipe que dialogava com o então cenário social e político do país, e que se referia aos heróis do passado e do presente.

Em meados de setembro a banda lançou o clipe da música ‘A Mulher Que Amou Demais’, composição de Fiu, baterista da banda. Apesar de já ter uma versão ao vivo da mesma, gravada na Showlivre, o grupo escolheu por regravar a canção à distância, para poder explorar novas sonoridades, como teclados e instrumentos de percussão.

A gravação se destaca também pela participação da cantora carioca Micah, que fez dueto com a vocalista Katia Jorgensen.

Em dezembro de 2020 a banda promoveu uma rifa virtual para financiar um clipe para o single ‘Cigarra’ (Quarentena Session). O clipe em animação, produzido pela artista Nicole Peixoto, teve boa repercussão nas mídias, tendo sido promovido em diversas revistas especializadas.

Mais fãs

A série de clipes feitos durante o ano de 2020, todos com mais de 1 mil visualizações em apenas uma semana, fez com que a banda aumentasse significativamente seu número de seguidores nas redes sociais, terminado o ano com mais de 6 mil seguidores no instagram e 1 mil seguidores no seu canal do youtube.

No dia 27 de fevereiro de 2021 a banda se reuniu presencialmente pela primeira vez desde o começo da pandemia após ser selecionada para participar do Festival Art In Process.

O evento, que seguiu todos os protocolos de segurança e distanciamento, contou com artistas de gêneros variados e foi transmitido ao vivo pelo canal Fita Amarela.

A experiência neste período pandêmico fez com que a banda amadurecesse seu processo de produção, adquirindo experiência e confiança para continuar apostando na aproximação com o público pela internet.

A banda tem planos de continuar trabalhando à distância em 2021, compondo e produzindo os arranjos de um EP que pretende lançar até dezembro.

(Da Redação com informações da assessoria da banda)