As redes sociais amanheceram com registros do falecimento, na madrugada desta segunda-feira (27), do músico Glauco Andrezza (Papi). Para alguns, um dos maiores nomes da bateria na Paraíba. A repercussão inclui postagens, por exemplo, no grupo de WhatsApp criado para debater e informar sobre a Lei Paulo Gustavo, e de perfis na web de instituições como a Escola de Música Anthenor Navarro e Fundação Espaço Cultural.
A morte de Glauco ocorre duas semanas após outra perda para a cultura paraibana, a de Alberto Antonio dos Santos, o contramestre de capoeira e músico Escurinho, falecido no dia 14.
No grupo na LPG, entre várias saudações e depoimentos, o do músico Emiliano Pordeus, que registrou seus sentimentos diante da morte do amigo: “Que perda para música paraibana, foi um grande musicista, exímio baterista. Tenho a honra de ter uma canção de minha autoria intitulada ‘Vontade cega’, regravada pela cantora Grazi Vilanueva, da qual ele gravou a bateria neste orgulhoso trabalho. Que Deus o ilumine no plano espiritual! Meus sentimentos aos familiares e amigos do músico!”
No mesmo grupo, a ativista cultural Ednamay Cirilo escreveu: “Glauco PAPI foi baterista na Orquestra Sinfônica da Paraíba, e orquestras em outros Estados como Natal, Fortaleza, Recife, sexteto de trombone, quinteto de metais, Orquestra do seu sogro Maestro Vilor, Matalurgica Filipeia, Orquestra Sanhauá, fez participação no Quinteto de Cordas da Paraíba, fez inúmeras apresentações acompanhando vários Cantores com Érick, Ricardo Ribeiro, Uray. Etc… Fez parte da gravação do CD Roberto Araújo, inúmeros Festivais, e gravações no Studio Sabiá Produções, Studio SG, vários encontros, seminários em diversos lugares!”
“Gigante”
A Escola Estadual de Música Anthenor Navarro divulgou nota de pesar, na sua conta no Instagram, em que se solidariza com a família e os amigos do músico. Na mesma postagem, a cantora Nathalia Bellar afirma: “Gigante e amoroso! Um pedacinho da gente vai junto com ele nessa nova jornada. Obrigada Papito!”.
Carreira
Outra nota de pesar, da Fundação Espaço Cultural (Funesc), lamentou a morte do baterista e fez um breve relato da sua carreira artística: “(…) Papi era integrante da Orquestra Sinfônica da Paraíba desde 1982. Também atuou em diversos grupos, como WMC Música, Quinteto Brasil e Sexteto Tabajara, tendo tocando em shows de artistas como Ney Matogrosso, Alcione, Fafá de Belém e Chico César”.
Baterista e percursionista, Grauco Adrezza nasceu em João Pessoa e tinha 56 anos, era baterista canhoto, e considerado por todos um músico elegante no jeito de tocar e uma pessoa de grande sensibilidade artística e social. Ele enfrentava problemas de saúde que se agravaram nos últimos dias.
O velório do artista começa às 15h desta segunda-feira, no Parque das Acácias, na zona sul de João Pessoa. Lá também ocorrerá o sepultamento, às 15h desta terça (28).
(Da Redação + Foto: Thercles Silva / Funesc-divulgação)
