O coco é o pai de todos os ritmos, diz Biliu de Campina. Nome símbolo do ‘Maior São João do Mundo’ – mas que no primeiro momento não integrava a lista de atrações deste ano – foi o nome mais forte do forró a se apresentar no palco principal do Parque do Povo na noite da quarta-feira (14).
O irreverente Severino Xavier de Souza abriu a noite, e depois vieram os shows da banda levada Mix, de Ranniery Gomes e Léo Magalhães.
Como tem sido nos últimos anos, Biliu subiu ao palco por volta das 19h, logo no início, justamente quando o público ainda está chegando ao PP. Guerrilheiro cultural como é, não se fez de rogado e desfilou forró de primeira qualidade, demarcando território antes da chegada do som mais eletrônicos dos artistas que se seguiriam.
Apresentou um repertório eclético com coco de roda e muito forró pé de serra. Cantou canções de sua autoria, do grupo Os Três do Nordeste e do saudoso Jackson do Pandeiro. Biliu é um forrozeiro que transita por sua terra natal, Campina Grande, onde é referencial e patrimônio cultural. É fácil encontra-lo no meio dos turistas no Parque do Povo e, horas depois, vê-lo em cima do palco fazendo seus shows.
Irreverência e tradição
O Forró de Biliu tem toda a essência dos forrós tradicionais, com um suingue característico dos discípulos de Jackson do Pandeiro e uma irreverência no duplo sentido das letras, que mostra bem toda a malícia e o bom humor nordestino.
Autor de canções descontraídas, Biliu se confessa um admirador do trabalho deixado por Jackson do Pandeiro e Rosil Cavalcante, artistas que o influenciaram desde criança. Biliu mantém seu trabalho procurando utilizar os ritmos característicos de sua região: o coco, o xaxado, o baião e o xote, entre outros. Para o cantor, o coco é o pai de todos os ritmos.
(Da Redação, com informações da Codecom-PMCG)