Na noite de 9 de julho deste ano, um sábado, a equipe do Festar foi ao Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande, para acompanhar a apresentação do espetáculo ‘Cabaré do pastoril Profano’, da Companhia Paraibana de Comédia.
Encontrou lá um ambiente divertido, cheio de alegria, como não poderia deixar de ser numa peça de comédia. Os atores esquentavam no palco antes do espetáculo e se divertiam com suas próprias tiradas.
Naquela noite, como em todas as outras em que o grupo estava em cartaz, destacava-se a gargalhada de ‘Biuzinha Priqui’, encarnada pelo ator Adeilton Pereira Dias.
Um mês depois, o costumeiro clima de alegria do grupo sofreu um baque, com a morte de Adeilton, confirmada na manhã dessa quinta-feira (18), cinco dias após o ator entrar em coma profundo devido a um AVC hemorrágico.
Adeilton faleceu às 9h15, segundo as anotações médicas, mas o boletim do Hospital de Trauma de João Pessoa, onde o ator estava internado, só foi liberado ás 11h. O sepultamento ocorrerá nesta sexta-feira (19).
Acidente em casa
Adeilton estava em casa, em João Pessoa, no sábado (9) e caiu de uma escada. Depois disso sofreu duas padas cardíacas sequenciadas por um AVC hemorrágico.
Ele foi levado para o Complexo Hospitalar de Mangabeira, mas em seguida transferido para o Trauma na noite do mesmo dia, por volta das 22h.
A equipe médica constatou que a queda do ator. se deu por causa de um aneurisma (dilatação anormal de uma artéria que irriga o cérebro), mas não houve traumatismo craniano.
Mais tarde, Cardivando Pereira, primo de Adeilton, afirmou que tudo aconteceu enquanto os dois carregavam um guarda-roupa na casa do ator. Ao que parece, o aneurisma praticamente ‘desligou’ Adeilton.
Na segunda-feira, o hospital abriu um protocolo de morte encefálica, procedimento que autoriza a equipe médica a realizar exames sem os quais não é possível declarar a morte cerebral.
Como procedimento do protocolo, o ator passou por dois exames clínicos com um intervalo de seis horas entre eles. O último foi para avaliar o nível de consciência e percepção do meio, mas Adeílton Pereira não reagiu.
“Ele não tem consciência de si e nem do seu meio. O ator está em coma alto. Não consegue controlar sua respiração e está sob ajuda de aparelhos. O que falta, consta se no cérebro há atividade elétrica ou fluxo sanguíneo de padrão de morte encefálica. Nós utilizamos o de fluxo. Não há chances de melhora, mas nós não podemos declarar que ele está morte porque ainda não fechamos o protocolo de morte encefálica”, disse no início da semana o médico Gustavo Patriota, chefe de neurologia do Hospital de Emergência e Trauma.
Mais exames foram feitos na segunda-feira e um deles revelou que ainda havia fluxo sanguíneo no cérebro. O quadro permaneceu idêntico no dia seguinte, entretanto, na quarta-feira (17) o estado de saúde de Adeilton se agravou. A morte foi constata na manhã da quinta.
(Da Redação, com informações do Correio da Paraíba)
Abaixo, imagens de um dos últimos espetáculos com a personagem Biuzinha Priqui, de Adeilton Dias
