A carapuça caiu. E vamos nós, mais uma vez, fazer o que deveríamos ter feito logo no início. Foi preciso o teatrólogo Tarcíso Pereira, em desabafo contundente e emocional pelas redes sociais, protestar sobre como a mídia em geral noticiou a morte do genial Eliézer Rolim, que faleceu na tarde desta quarta- feira (2), em João Pessoa.
Eliézer Rolim morreu após uma parada cardiorespiratória provocada por embolia pulmonar, quadro decorrente da Covid-19, que acometeu o diretor paraibano.
O que gerou a indignação de Tarcísio foi a ênfase dada pelos portais e blogs (onde nos incluímos) à fase da carreira de Eliézer em que ele se dedicou ao aidiovisual, sendo premiado em suas criações cinematográficas.
“Blogueiros imbecis”
“A minha indignação, de tudo que vejo de notícia, dizendo ‘…o cinema está de luto’, e esquecem a memória do teatro paraibano. Blogueiros imbecis, desinformados, procurem sabem quem foi Eliézer Rolim. Respeito a história, os dois, três filmes que ele fez, mas 40 anos de teatro, desde os Anos 80, nós começamos praticamente juntos, escrevendo mais de 40 peças de teatro. Um dos homens mais premiados do teatro paraibano, e as notícias que chegam é que o cinema paraibano está de luto. As pessoas esquecem da história do teatro paraibano, e o que Eliézer representou para o teatro paraibano”, protestou Tarcísio Pereira em lágrimas, num vídeo postado no Facebook.
“Merda pro cinema, com todo respeito”
Tarcísio enumerou alguns dos espetáculos que deram notoriedade a Eliézer, entre os quais ‘Beiço de Estrada’, ‘Até amanhã’, ‘Tucuman’, ‘O Barraco’ e tantos outros. Foi um dos pioneiros da história do Piolin. Mas blogueiros desinformados, que não procuram se informar, só trazem a notícia do cinema. Merda para o cinema, com todo respeito ao cinema. É a história que todos nós passamos, não esqueçam, não apaguem a memória. Eliézer é um dos homens mais importantes da história do teatro paraibano nesses últimos 40 anos. Fica aqui o meu protesto, minha solidariedade e a dor por essa grande perda”.
N da R – Aceitamos a crítica de Tarcísio Pereira, e respeitamos sua dor, assim como dos familiares de Eliézer, e de todos que fazem o teatro e o cinema da Paraíba. Ficam nossas desculpas pelo viés incompleto em que noticiamos a genialidade de Eliézer Rolim. Não nos interessa evidenciar essa ou aquela linguagem artística.
Assista ao vídeo aqui
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(José Carlos dos Anjos Wallach)
