Aproximadamente 200 músicos estarão envolvidos, neste sábado (22), no 9º Encontro de Filarmônicas, que será realizado na cidade de Boqueirão (195 km a oeste de João Pessoa). O evento deste ano será reduzido, com a participação de quatro bandas, mas num passado recente o encontro reunia dezenas de filarmânicas de todo Estado.
O maestro Francisco Oliveira, que rege a Filarmônica Nossa Senhora do Desterro, destaca a importância do evento:
“O Encontro resgata a história das filarmônicas e permite o intercâmbio entre os músicos. Durante as apresentações, podemos observar os estilos e repertórios de cada um. Podemos aprender com o outro. Para mim, como maestro, a filarmônica expõe tudo aquilo que a música pode expressar”.
Francisco Oliveira revela que a bandas filarmônicas passam por um momento muito difícil na Paraíba porque têm sido esquecidas pelos gestores públicos, apesar da importância que esses grupos musicais têm nas cidades, sobretudo as menores. Nesses lugares, as bandas são destaque – ou eram – nos principais eventos, agregando a cultura musical e atraindo o público.
“Hoje, algumas filarmônicas, mesmo aquelas quase centenárias, estão fechadas por falta de recursos para manutenção das atividades essenciais. A nossa, daqui de Boqueirão, completou 59 anos neste mês de abril. Esses grupos precisam ganhar visibilidade, porque do contrário vão se extinguir”, alerta o músico.
O 9º Encontro de Filarmônicas de Boqueirão começará às 19h, na Praça de Eventos da cidade. Se apresentarão as seguintes bandas:
Filarmônica Nossa senhora do Desterro – Boqueirão (maestro Francisco Oliveira)
Filarmônica José Batista Dantas – Nova Floresta (maestro Severino Nilo Dantas)
Filarmônica Antônio Josué de Lima – Sumé (maestro Diego Bruno de Souza – foto no topo da página)
Sociedade Musical São Miguel – Barra de são Miguel (maestro Severino Sérgio de Moura)
(Da Redação / Fotos: divulgação)
