Casos pontuais de violência não tiram brilho do Maior São João do Mundo

Casos pontuais de violência não tiram brilho do Maior São João do Mundo

Opinião - 6, julho, 2016

Por Marcos Alfredo

O Maior São João do Mundo 2016, o melhor já realizado em mais de três décadas desde que foi lançado pelo poeta Ronaldo Cunha Lima, não vai se render a casos de violência pontuais registrados nas últimas horas de sua realização. Durante 30 dias, Campina Grande e sua gente deram uma demonstração pujante de como ser um exemplo nacional no enfrentamento a uma inédita crise econômica com uma fórmula já vinculada à imagem da cidade: criatividade, ousadia e capacidade de superar desafios.

Junho de 2016. Eis um período que vai entrar para a história de Campina Grande, da Paraíba e do Brasil como um período em que foram gerados milhares de empregos; em que a geração de renda e oportunidades se multiplicou em todo o município; em que a economia campinense fez da crise uma chance para uma circulação sem precedentes de dinheiro na cidade, na qual a indústria de turismo voltou a dar uma notável demonstração de força.

Há muito o que comemorar, sim. Que se pergunte aos donos de restaurantes, bares e hotéis da cidade; aos taxistas, mototaxistas ou às centenas de cidadãos que ofereceram hospedagens alternativas; aos milhares de turistas que se encantaram com as viagens da Locomotiva Forrozeira, com os salões de Artesanato municipal e estadual, com a Vila dos Tropeiros do Sesi, com o Forró Bus, com o Avião do Forró, com o espetáculo nacional “E o Fole Roncou”, com as apresentações superconcorridas das terças religiosas do Parque do Povo, com os shows de grandes atrações acessíveis a pessoas de todas as classes sociais, com a superexposição positiva de Campina Grande na mídia nacional, com as centenas de horas de forró protagonizadas por artistas locais, em meio a um exemplar padrão profissional de organização de uma festa de mês inteiro.

Na atual gestão, por decisão do prefeito Romero Rodrigues, o Maior São João do Mundo deixou de ser uma responsabilidade exclusiva da Prefeitura. E isso deu muito certo. A festa, que já era grande, se expandiu, se agigantou e se tornou um parâmetro nacional de evento com bons resultados. Uma festa que, ao longo de 30 dias, termina por envolver quase 2 milhões de pessoas e ainda consegue registrar índices de violência estatisticamente reduzidos.

unnamed (3)Para uma festa com tantos pontos positivos e capaz de elevar à décima potência uma autoestima naturalmente exponencial do povo campinense, o Maior São João do Mundo 2016 fica na memória de todos nós muito mais pelas grandes conquistas e avanços e menos pelos isolados casos de violência em suas últimas horas como evento. No que dependeu da Prefeitura, dos segmentos organizados da cidade e do povo campinense, missão cumprida.

 

(*) Marcos Alfredo é jornalista e coordenador de Comunicação da Prefeitura de Campina Grande