Os festivais sempre foram vitrines para se mostrar o trabalho artístico e, no passado, quando não se tinha o advento de meios como a internet, foram fundamentais para a divulgação, sobretudo da música, avalia o vocalista Felipe Alcântara, da banda paraibana Os Gonzagas.
Ele julga que os festivais musicais permanecem sendo importantes, porque encurtam o caminho entre a pessoa que produz arte e o público: “O artista fica mais exposto a críticas, por exemplo, mas é fundamental para que o trabalho fique mais apurado”, diz Felipe.
O grupo tem cumprido uma agenda apertada e, numa dessas apresentações – na noite em que tocou na cidade de Pilões, na programação da Rota Caminhos do Frio – deu entrevista no camarim ao Festar.
Forró x forró
Felipe compartilha da opinião de que há espaço para o forró de raiz (pé de serra) e o forró estilado, mas cobra que os organizadores de grandes eventos precisam valorizar a versão mais genuína desse estilo.
Mas também faz uma crítica a quem produz o forró pé de serra: “Tem que se exigir um pouco mais em relação ao seu profissionalismo, para ganhar um pouco mais de espaço. Independente do estilo, se você trabalhar focado, você vai adquirindo conhecimento e ganhando espaço”.
O CD
Felipe Alcântara disse que o período junino, para a banda, foi uma “época de colheita”, porque o grupo passou por vários recantos do país, à exceção do Norte. Paralelamente à rotina de shows, o grupo se dedica à elaboração da primeira gravação de álbum completo.
“Já estamos gravando no Rio de Janeiro com o produtor Mu Carvalho, tecladista do grupo ‘A Cor do Som’. Ele abraçou nosso trabalho. Acho que no final deste ano, ou no início do próximo, já poderemos estar compartilhando com todos que apreciam nossa música”.
(José Carlos dos Anjos Wallach e Snides Caldas)
