Como tamanho não é documento, ‘Quengas’ saíram no peito e na raça

Como tamanho não é documento, ‘Quengas’ saíram no peito e na raça

Eventos - 22, fevereiro, 2023

Pequeno no tamanho e denso no conteúdo. Esse é o bloco Quengas do Peito, do bairro Bancários, em João Pessoa-PB. Formado por moradores locais, artistas, professores e defensores da cultura popular, o bloco desfilou pela segunda vez, na noite da ‘terça-feira gorda’ (21).

A concentração – e o arrasto – ocorreram na praça que fica por traz do Bar do Baiano, a referência dos poetas, escritores e gente das artes que circulam por essas bandas.

Foram necessários apenas 10 minutos para cumprir o trajeto do bloco, ao redor da própria alameda da praça. Com frevo no pé e tirando onda do próprio tamanho, o bloco desfilou.

Mestra Penha Cirandeira, soltando a voz e a emoção para rodar o coco

O coco

Ao que parece, o tamanho é o que menos importa para o pessoal do Quengas do Peito, onde a regra é a diversidade cultural e a folia no pé. E também a cultura popular.

O Quengas do Peito se auto define como “bloco de cultura popular que trás em sua essência a brincadeira do coco de roda como símbolo de resistência”.

Foi o coco de Penha Cirandeira que animou a noite e o micro desfile, com direito a sambada, ciranda e até seresta. Ainda haveria a apresentação do Maracatu Baque Raiz, mas um contratempo impediu o complemento da programação.

Socorro Pontes e Suelen Sousa

Força do coletivo

O bloco é mantido com esforço dos organizadores e comunidade. Não há diretoria, mas a educadora popular Suelen Sousa, que fundou o grupo, conta com a ajuda de pessoas mais próximas, como é o caso de Socorro Pontes: “A gente ajuda fazendo, vendendo e buscando pessoas que possam doar algo para a rifa. Esse ano, quem deu uma boa ajuda foi Ellis Inácio”, afirma.

(José Carlos dos Anjos Wallach)

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