Craque no pandeiro, Helloysa ainda não se decidiu pela carreira

Craque no pandeiro, Helloysa ainda não se decidiu pela carreira

Música - 26, março, 2018

 

Ela começou a tocar aos 9 anos. Hoje, com 11, segue ansaiando, se aprimorando e encantando pequenas platéias na cidade onde mora – Areia, na região do Brejo Paraibano – e eventos para onde é convidada (e aceita).

Estamos nos referindo à pequena Maria Helloysa da Costa Silva, que já tem referência artística, Helloysa do Pandeiro. Como o nome diz, sua arte é tocar pandeiro, uma habilidade que tem explorado com incentivo do pai, Petrônio.

“Eu ficava brincando de boneca e cantando as músicas que ele tocava. Aí ele comprou um pandeiro e eu comecei a tocar”, lembra Helloysa, que ainda adora brincar de bonecas: “Tenho um monte e minha mãe fica dizendo que vai dar elas (risos)”.

‘Coco do M’, composição de Jacinto Silva de 1965, foi a primeira música que Helloysa tocou no pandeiro. Nesses dois anos em que se aventura no aprendizado do instrumento, a menina é abastecida com um repertório de grandes nomes da música regional e nacional, entre eles Jackson do Pandeiro, Ari Lobo, Altair Veloso, Caetano Meloso, Maria Bethânia, Alceu Valença e outros desse quilate.

Ela não apenas toca. Canta também. “Tenho facilidade em decorar as letras e gosto mais do forró, do coco e da MPB”, revela a artista mirim, que ensaia quase todos os dias (segunda a sexta-feira) no local mais visitado da casa, a cozinha.

Não quer seguir carreira

Helloysa gosta de tocar e cantar, mas disse que não quer seguir a carreira artística, prefere a do Direito. “Quero fazer o curso e depois escolher o que vou ser, advogada ou juíza”. Contexto familiar incomum esse, em que o pai apoia a carreira artística, mas o filho prefere seguir outro caminho.

Na escola não deixa a desejar: “Estou indo bem nas provas, notas todas boas”, garante.

Frio na barriga

Foi o ‘carrego’ Biliu de Campina que projetou Helloysa no cenário estadual, ao convidá-la para tocar no evento ‘Jacksonpandeirear’, evento organizado pelo instrumentista para reverenciar a obra e a história de um dos maiores ritmistas brasileiros.

“Me senti orgulhosa de estar no palco naquele momento ao lado de Biliu”, disse Helloysa, que já é presença certa na próxima edição do evento. “Já estu prerando o repertório do próximo”, avisou.

(*) Assista a entrevista neste link: https://www.youtube.com/watch?v=jo1p7kd_ybw&feature=youtu.be

(Entrevista a José Carlos dos Anjos Wallach e Snides Caldas)