Dois nordestinos em final de concurso de música instrumental

Dois nordestinos em final de concurso de música instrumental

Música - 21, agosto, 2022

O DMX New Talent tem como principal objetivo dar visibilidade para os novos talentos da música instrumental brasileira. A primeira fase do projeto recebeu inscrições de todo o país. Uma comissão julgadora selecionou os cinco finalistas, que vão agora para a etapa de votação do público, totalmente online no site da DMX Brasil.

É possível votar até o final deste doming (21), e no dia 23 será anunciado o vencedor deste ano.

A premiação é a gravação de um single nos estúdios da MZA Music, com direito a mixagem e masterização.

Os finalistas

Facundo Estefanell (RJ)

Contrabaixista e compositor, se destaca na cena jazzística carioca e lançou recentemente seu primeiro álbum TAPE, disponível no Spotify. Formado na escola de Tango Destaoriya, de Montevidéu, trabalhou com grandes figuras do Tango e da música popular como Horacio Ferrer, Nicolás Ledesma, Sexteto Tango Sur de Montevidéu, entre outros.

Participou de shows e gravações com grandes músicos brasileiros como Hamilton de Holanda, Tomás Improt, Marcelo Martins e Yamandu Costa. Atuou na Orquestra Sinfônica Cesgranrio, Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Orquestra Sinfônica das Américas YOA, e na Sodre Youth Symphony Orchestra, em turnê pela Alemanha, Espanha, França e Canadá.

No álbum TAPE, é possível ver toda a sua pluralidade musical, versatilidade de ritmos e ideias originais no baixo acústico e elétrico. O álbum mistura o clássico com jazz, candombe e tango, apresentando um som repleto de frescura, suingue e energia contemporânea. Inovando na forma de tocar o contrabaixo acústico.

Guilherme Bittencourt (SC)

Guitarrista de jazz-fusion, tem suas referências nas músicas brasileira, asiática, africana e norte-americana, uma junção de tudo! Nascido em 1995, começou a tocar guitarra aos 11 anos e aos 15 já tinha uma banda de black music, Sheth Soul, gravando seu primeiro álbum “Nosso Som vem da Alma”. Em 2016, iniciou o International Session, projeto colaborativo com músicos de diversos países, e em 2021 participou pela primeira vez do Dia Internacional do Jazz da UNESCO (na modalidade online), repetinfo o feito em 2022. Neste ano, recebeu carta do Embaixador da UNESCO para o Jazz Day, o músico Herbie Hancock, como agradecimento pelos esforços na promoção do jazz e fusion, do respeito, diversidade e colaboração entre as pessoas e nações.

Hoje foca na composição da música instrumental autoral com o intuito de lançar materiais nesse âmbito, e também como colabora com produções e gravações para outros artistas.

Nino Alves (PE) – (Foto no alto da página)

Percussionista, compositor e poeta, atua com música desde os 8 anos de idade e realiza experimentações sonoras em objetos/instrumentos inusitados e inesperados.

Em 2002, começou sua carreira como percussionista ao se mudar para a cidade de Garanhuns, ingressando também na banda Muendas. Através da banda, o artista fez então uma imersão nos ritmos regionais com ênfase nos pernambucanos.

Músico muito criativo e ativo na região, Nino traz em sua construção a influência de grandes mestres da música brasileira como Naná Vasconcelos, Airton Moreira e Hermeto Pascoal, além da influência das percussões africanas e dos brinquedos populares de Pernambuco.

Em 2016 iniciou sua carreira autoral no projeto Conexões Sonoras do Sesc Garanhuns. Deste então, Nino participou de importantes festivais de música instrumental de Pernambuco como a Mostra Canavial de Música Instrumental e Circuito Aurora Instrumental, além da Mostra Marcos Freitas de Artes. Entre 2020/2021, com recursos da lei Aldir Blanc municipal, disponibilizou em seu canal YouTube o espetáculo autoral “ExperimentaSons”, com sete temas instrumentais, acompanhado por mais três músicos. Em formato de live, lançou seu show solo “PULSAR”.

Nino tem feito gravações e acompanhado diversos artistas do cenário musical pernambucano como: Adiel Luna, Alexandre Revoredo, Coco de Fulô, Gabi da Pele Preta, Karynna Spinelli, Ricco Serafim, Toadas de Pernambuco e Uscafuçu.

Clarissa Ferreira (RS)

Violinista, etnomusicóloga, pesquisadora e compositora do Rio Grande do Sul, é bacharela em violino (UFPEL), mestra (UFRGS) e doutora (UNIRIO) em Etnomusicologia, e pós graduanda em Arteterapia.

Clarissa possui quatro singles lançados, e está produzindo seu primeiro álbum autoral que se chamará LaVaca. Lançou, em 2022, seu primeiro livro “Gauchismo Líquido: reflexões contemporâneas sobre a cultura do Rio Grande do Sul” pela Editora Coragem. Criadora do blog e podcast @GauchismoLíquido e da escola online @OficinadeCompositoras, alia seu trabalho musical autoral com pesquisa abordando questões que repensam o regionalismo gaúcho nos espaços sociais e na geografia local, desenvolvendo-o a partir da investigação dos elementos simbólicos e códigos sonoros ligados ao regionalismo gaúcho.

A degradação da pampa pelas monoculturas, a modificação genética da natureza e o machismo na cultura popular gaúcha são temas presentes nas letras das canções de seu repertório autoral contando com poesias musicadas de Mário Quintana, Angélica Freitas e Maria Gabriela Saldanha, definidas como realismo regionalista ou música pós gaúcha.

LaVaca alia tradição e modernidade, trazendo a linguagem da música sulina, inclusiva e contemporânea e versando sobre o presente, através do uso de instrumentos acústicos e arranjos camerísticos de violões, violinos e percussões.

Sergio Groove (RN)

Baixista, multi-instrumentista, compositor, arranjador, produtor musical e criador sagaz de sons universais, Sérgio Groove é tem como fortes características a criatividade e a versatilidade, passeiando por todos os ritmos, do Jazz ao Xote e Baião, passando pela Salsa, Black Music, Rock, Blues, Samba, Bossa Nova, Chorinho, Xaxado, Maracatu, Coco de Zambê e o Reggae.

Sergio adquiriu sua identidade própria no contrabaixo, com técnicas reconhecidas no meio instrumental que o fazem sair do previsível. Sua característica mais marcante é extrair várias possibilidades sonoras diferentes que ele descobre no seu contrabaixo, transformando-o em outros instrumentos como cuíca, zabumba, tambores e surdos, cobel, repique, bateria, violino, violão e até mesmo guitarra. Brinca ainda com percussão corporal e sonora (beat box), técnicas de solfejo e na sua pedaleira looping põe em prova toda essa criatividade que surge ao vivo, que o torna uma banda num contrabaixista só.

Participou de diversos festivais instrumentais, nacionais e internacionais. Em 2010, foi convidado a lecionar na renomada escola de música de Boston, a Berklee College Of Music, fazendo turnê em várias cidades dos Estados Unidos.

Sérgio Groove arranjou e tocou em mais de 200 álbuns e possui gravados 16 trabalhos autorais, entre CDs e DVDs.

Ministério do Turismo apresenta: DMX Brasil (Digital Music Experience). Lei de Incentivo à Cultura e Vale Cultura. A DMX Brasil e o DMX New Talent 2022 têm patrocínio da Estácio, Instituto YDUQS e Dannemann Siemsen. A realização é da MZA Music.

(Texto da assessoria do evento)