O forró de raiz iniciou, na Europa, uma nova saga pela sua afirmação como cultura tradicional de um povo. Dessa vez, foi iniciada junto aos eventos de forró, que já são muito populares em vários países, a campanha para a declaração do ritmo nordestino brasileiro como patrimônio cultural mundial.
Uma comitiva liderada pela produtora cultural e presidente da Associação Balaio Nordeste, Joana Alves, está na França desde o início de maio, fazendo correr por festivais e eventos voltados ao forró um abaixo assinado que solicita aos organismos internacionais de direito o reconhecimento desse título mundial.
Segundo informou Joana Alves, por telefone, o abaixo assinado precede uma série de atividades que o Fórum de Forró pretende realizar na Europa em 2024.
“Começamos por esse 1º Fórum Internacional do Forró de Raiz, realizado aqui em Lille”, explica. Esse Fórum Internacional realizou-se dentro do Festival Vamo que Vamo, realizado pelo produtor Cacau Moutinho.
O cantor e compositor baiano Del Feliz e o professor Henrique Sampaio, pesquisador do NUPLAR/PROEX/UFPB, e sua esposa pesquisadora, Denize Barreto PPGPS/CCHLA/UFPB, formam o grupo brasileiro que comanda essas ações iniciais na Europa.
“É apenas o início da luta”, afirma o professor Henrique, vice-presidente da Associação Balaio Nordeste.
Patrimônio cultural do Brasil
Em 2021, quando a mobilização dos forrozeiros liderada pela Paraíba conquistou o título de Patrimônio Cultural do Brasil para o forró de raiz, Joana Alves aproveitou o momento para entregar ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) um documento em que solicita que seja encaminhado à Unesco o pleito para inclusão do forró como Patrimônio Mundial.
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(Da Redação)
