Esperança terá Paixão narrada em cordel pelo Coroné Grilo

Esperança terá Paixão narrada em cordel pelo Coroné Grilo

Teatro - 4, abril, 2017

 

O Coroné Grilo, personagem vivida pelo radialista Oscar Neto, que faz dupla com o compositor Roberto Moraes, vai narrar a ‘Paixão de Cristo – um cordel de esperança’, da Companhia Christus de Arte Sacra.

A encenação, que ocorrerá nos dias 13 e 14 deste mês, integra a programação da Semana Santa na cidade de Esperança e a narrativa do Coroné Grilo usará a linguagem poética da literatura de cordel para contar a paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Além da direção artística, André Oliveira atua no papel de Jesus, o que já faz há seis anos. A peça sacra cordelista traz elementos da cultura popular nordestina e propõe uma aproximação do texto bíblico com as manifestações culturais nordestinas. Cortejos, rezadeiras, músicos, cantores, romarias e figuras do folclore popular ao som de aboios e de invocações que expressam a religiosidade popular, conduzem o expectador às passagens mais significantes da vida de Jesus antes de sua morte.

No palco

Toda a ação dramática acontece num palco de 40m de comprimento por 8m de profundidade.

“Além do roteiro em verso rimado, o espetáculo transporta o público a vivenciar cenas da vida de Cristo relacionando a própria vida do homem nordestino, como forma de valorização de sua cultura e de sua expressiva religiosidade”, enfatiza André Oliveira.

Ainda no espetáculo, como resgate da fé através da cultura, acontece a Via Crucis encenada em quadros-vivos acompanhados da melodia e do canto de invocações que são comuns em todo o país, fazendo referência às caminhadas penitenciais e das vias-sacras realizadas no período quaresmal pela Igreja.

Elenco

Formado por moradores de Esporança, há trabalhadores do comécio, do setor público e do privado, adolescentes e adultos. A obra é resultado do trabalho de assistentes, técnicos de luz e som, cenografista e figurinista, ao todo 100 pessoas entre atores, equipe técnica e artística, cantores, músicos e cordelistas.

Música e cenografia

A condução do espetáculo ocorre através de músicas executadas com instrumentos comuns da cultura popular local como sanfona, triângulo e zabumba, tudo gravado em seu tempo certo para garantir um evento de qualidade musical.

A concepção cenográfica e o figurino resgatam a plasticidade da cultura popular como casas de zona rural cobertas por palhas e vestimentas com tecidos que identificam elementos da vida do homem do campo.

Apresentações de danças antecedem a entrada dos personagens. Numa dessas cenas, ciganas (em vez de odaliscas) se apresentam antes da entrada do personagem Herodes.

Cena a cena

Cenas como a anunciação, o batismo e as tentações chegam ao público de forma musicada ao som de um trio de forró. A entrada de Pilatos é prenunciada por quatro cavaleiros com suas burrinhas folclóricas, que preparam o público para a cena de julgamento e condenação de Jesus a morte pelas mãos do representante de Roma.

Há o enforcamento do Judas malhado por pessoas da multidão conduzido por um diabo que se diverte com a tragédia do personagem traidor. Uma Maria que se rasga em dor e lamento pela perda do filho amado assemelhando-se às dores das mães que perderam seus filhos que tomaram caminhos desviados, diferentes do Cristo que caminhou segundo a vontade de Deus.

Serviço:

‘Paixão de Cristo – um cordel de esperança’

13 e 14/4 – 19h30 – Campo da Rodoviária – Esperança-PB

Acesso gratuito

 

(Da Redação, com informações da companhia de teatro)