Quase tudo em nossa vida é movido pela energia elétrica: nosso lar, nossos meios de transportes, trabalhos e estudos dependem do amplo e democrático acesso à eletricidade. Vivemos num país rico em recursos naturais para a captação de energia, mas de que forma a privatização de uma empresa como a Eletrobras pode interferir na vida da população? Colocando em pauta a problemática da venda da estatal ao capital estrangeiro, o Festival Salve a Energia reúne atrações musicais de todo o país para conscientizar a sociedade da luta contra a diluição da empresa.
Com transmissão a partir das 19h desta sexta-feira (21), o evento será comandado por Elika Takimoto, Doutora em Filosofia, autora de mais de dez livros e vencedora do Prêmio Saraiva de Literatura.
O line-up do evento conta com apresentação de GOG (DF), Totonho (PB – foto acima), Ellen Oléria (DF), Felipe Cordeiro (PA) e Bixarte (PB). As lives podem ser acompanhadas no canal do festival no YouTube e nas redes sociais oficiais.
A Eletrobras
A estatal é responsável por cerca de 30% da geração e 51% da transmissão de energia elétrica no país. A privatização da empresa pode acarretar em forte impacto ambiental, tal qual a Vale e o desastre de Brumadinho, e ainda um aumento significativo na conta de energia do consumidor.
“A Eletrobras é do povo brasileiro, ela pertence a 210 milhões de brasileiros. Defender a Eletrobras é defender essa energia a custo acessível, com qualidade, e também defender o meio ambiente, já que a gente controla a maior parte dos reservatórios de água do país”, disse Tiago Vergara, membro do Coletivo Nacional dos Eletricitários.
“Defender a Eletrobras é defender o povo brasileiro da iniciativa privada, financeirista, apenas tem olhos para o lucro, sem levar em conta o bem-estar da população”, concluiu.
A medida provisória 1.031/21, apresentada pelo deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), aborda a operação de vendas de ações que vai diluir o capital da Eletrobras, fazendo com que a União deixe de ser a acionista majoritária da empresa estatal.
De acordo com informações do portal da Câmara Legislativa, a privatização só ocorrerá após a aprovação da MP no Congresso, porém o Banco Nacional do Desenvolvimento recebeu autorização para iniciar os estudos de modelagem para definir o futuro edital. O texto estava na pauta de votação desta terça-feira (18) na Câmara de Deputados.
Ao povo brasileiro
Em carta aberta, o movimento Salve a Energia alertou, ainda, sobre um possível cenário da privatização em meio à pandemia.
“O país vive um momento difícil. As mais de 430 mil vidas perdidas para a covid-19 deixam um rastro de tristeza e indignação. Se muitos morreram pela falta de tratamento e respiradores, imagine em um cenário sem energia elétrica. Seria catastrófico. Para evitar um futuro triste como este é preciso barrar a Medida Provisória 1031, que pretende vender a Eletrobras. Além de colocar em risco uma energia elétrica de qualidade e com custo acessível à população, enfraquece o Sistema Elétrico Brasileiro, permitindo a implementação de interesses ocultos que beneficiam a poucos”, diz o documento de lançamento da campanha.
Unindo acadêmicos e especialistas em energia elétrica, o Festival Salve a Energia é uma realização do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), uma organização que conta com mais de 40 sindicatos e associações profissionais no Brasil inteiro.
A iniciativa é uma produção da Atua Comunicação Criativa, empresa que trabalha há 20 anos no mercado nacional e internacional, voltada para gestão, produção e promoção de eventos, editorial de livros e publicações. Recentemente, a Atua Comunicação realizou festivais como o Natal na Usina 2020, a 3ª Mostra de Cinema Walfredo Rodriguez e o 2º Encontro Mulherio das Letras Paraná.
Assista aos vídeos da campanha:
Serviço
Festival Salve a Energia – Em defesa da Eletrobras pública
21/5 | 19h | Transmissão gratuita pelo canal https://www.youtube.com/c/SalveaEnergia e Twitter @salveaenergia | Instagram @salveaenergia | Facebook /salveaenergia
(Texto de Gi Ismael – da assessoria do evento)
