Filho assume lugar de Parafuso e trio segue com shows

Filho assume lugar de Parafuso e trio segue com shows

Música - 9, outubro, 2016

 

Em meio ao drama vivido pela família, com a morte de Carlos Albuquerque de Melo, o Parafuso, no início deste mês em plena turnê do grupo na Alemanha, Luiz Carlos assumiu o zabumba e deu continuidade ao trabalho que o pai havia iniciado semanas antes ao lado dos seus companheiros do trio Os 3 do Nordeste.

Carregado de emoção, mas com muito profissionalismo, Luiz aparece em vídeo postado nas redes sociais no sábado (8) ao lado do vocalista Deda e do jovem sanfoneiro Hedran em Colônia.

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Luiz Carlos: “Os 3 do Nordeste seguirá por muitos anos”

“É uma honra estar aqui ocupando o lugar do meu pai. Ele me preparou a vida toda pra isso”, disse Luiz Carlos, antes de iniciar a apresentação. Lembrou do último show na mesma cidade, quando o pai lhe entregou o zabumba, como se repassasse a missão: “É desse jeitinho aí”, disse Parajuso ao filho.

Luiz Carlos disse que o grupo Os 3 do Nordeste continuará “por muito e muitos anos”, e seguiu o show, que foi muito aplaudido.

Na semana passada, a viúva Lisete Veras, a filha Edra, a nora Erijane e o amigo e incentivador da cultura Nordestina, Ajalmar Maia, receberam a imprensa para falar sobre o desenrolar das providências na Europa para trazer os restos mortais do artista Parafuso para a Paraíba.

Durante a entrevista, houve a primeira menção oficial de que o filho Luiz Carlos assumiria o lugar do pai no trio de música nordestina, que é um dos mais famosos e influentes do Brasil.

Segundo a família, o trio viajou no sábado (3) para Zurique, onde se apresentou na mesma noite. Ao final do show, Parafuso recebeu fãs no camarim e, só no hotel, sentiu-se mal. Foi levado ao hospital, onde passou todo o domingo e faleceu na primeira hora da segunda-feira (4) vítima de enfarte e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

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Parafuso, último integrante da formação original de Os 3 do Nordeste, faleceu aos 76 anos

Traslado

A vinda do corpo ou cinzas do artista para o Brasil (ainda não foi definido que Parafuso será cremado) não tem previsão devido ao ritual burocrático que a situação exige.

Edra informou que, apesar do seguro viagem cobrir todas as despesas, os trâmites legais para o translado do corpo ou das cinzas ainda pode demorar algumas semanas.

Antes da entrevista à imprensa, o corpo do artista já havia sido liberado para a funerária, mas a família ainda havia decidindo se Parafuso seria ou não cremado, embora Lisete tenha sinalizado dizendo que não pretende ver o companheiro em um caixão.

“Agora eles estão aguardando uma documentação que enviamos pelos Correios. São seis dias úteis para que chegue até lá. Estamos fazendo o possível para dar celeridade a tudo. Tem muita gente ajudando, autoridades políticas da região, o Itamaraty, a Embaixada, mas a legislação européia é muito diferente da nossa e é preciso aguardarmos”, afirmou Erijane Veras.

 

 

 

 

(Da Redação)