Futuro dos 3 do Nordeste está nas mãos do filho de Parafuso

Futuro dos 3 do Nordeste está nas mãos do filho de Parafuso

Música - 28, outubro, 2016

 

“É proibido cochilar”. O refrão de um dos maiores sucessos do grupo Os 3 do Nordeste, escrito há cerca de 46 anos, soa hoje como estímulo e lembrete ao jovem percussionista Luiz Carlos, 32 anos, filho e herdeiro artístico de Carlos Albuquerque de Melo, o zabumbeiro Parafuso, fundador do grupo, que faleceu este mês.

Está nas mãos de Luiz o futuro do trio, hoje sem nenhum dos integrantes da formação original. Ele já assegurou que assumirá o lugar do pai e cumprirá os shows que a agenda profissional estabeleceu até o final do ano. Mas, depois disso, o que virá ainda não está definido.

A mãe, Lisete Véras, afirmou ao repórter Snides Caldas que a decisão caberá exclusivamente a Luiz Carlos: “Sem ele, o trio acaba”.

Embora o desejo da viúva de Parafuso e produtora do grupo seja a permanência dos 3 do Nordeste dependerá de uma avaliação que será feita, inevitavelmente, após o trio (hoje composto por jovens forrozeiros), cumprir as agendas até o fim de dezembro. Músicos e família de Parafuso conversarão e decidirão.

Independente do que sair dessa conversa, que ocorrer a qualquer momento, há uma torcida enorme para que o grupo se mantenha. Muitos dos amigos artistas que compareceram ao velório de Parafuso na segunda e terça-feira (24 e 25) falaram sobre o legado deixado pelo artista e pela qualidade dos jovens que hoje integram o grupo, que beira os 46 anos de existência.

14874922_352666911747793_1894392212_nManter a bandeira

Os companheiros de trio, Deda e Hedran, disseram que Parafuso – o mais velho e até então único remanescente da primeira formação do grupo – era como um pai. O vocalista e o jovem sanfoneiro dos 3 do Nordeste afirmam que o maior legado deixado por Parafuso é o amor e a luta pelo forró: “Ele sempre nos pedia: nunca deixem morrer essa bandeira”.

“Só tenho a agradecer”

Muito emocionada, a filha de Parafuso, Edras Véras disse que a principal lembrança que o pai deixa é o amor. “A humildade que ele tinha é para poucos”.

14804764_352662065081611_1228450197_n“O artista não morre”

O compositor Pinto do Acordeon disse que Parafuso sempre foi um ponto de união entre os artistas do forró, sem que se lembrasse da parte dele de atitudes grosseiras. Pinto lembra que Parafuso não tinha inimigos no meio cultural e foi um dos responsáveis por levar a música nordestina à Europa. “Tenho pra mim que o artista não morre. Faz uma viagem e todo o tempo é lembrado”.

parafuso-dilsinho-medeirosCom Dilsinho, uma música inédita

Pouco antes de seguir viagem para a turnê na Europa, Parafuso teve um encontro com Dilsinho Medeiros, também zabumbeiro e compositor, e filho do mestre sanfoneiro Severino Medeiros. Dessa conversa saiu uma composição, que está inédita.

“Parafuso tava cantando uma música e eu pedi para gravá-la. Ele aceitou e eu gravei. E antes dele viajar, fui na casa dele e disse que havia feito uma música, mas que não estava gostando da harmonia dela no início. E Parafuso era muito inteligente para encaixar isso. Mostrei a letra e passamos para o gravador. A música é ‘Forró Civilizado’.

“Além de um grande músico, zabumbeiro, era um defensor do nosso forró. Conheci parafuso nos palcos e em família. Me ensinou muitas coisas. Perdemos uma grande pessoa, alegre, sorridente”, avalia Dilsinho.

14872696_352662078414943_677959424_nA história de ‘Parafusinho’

O zabumbeiro Frank Moral começou sua relação com o instrumento justamente pelas mãos e incentivo de Parafuso. Há quem diga que Frank, também canhoto, tem o mesmo estilo do mestre.

“Comecei a tocar aos 7 anos e meu pai me mostrava os CDs dos 3 do Nordeste, então o primeiro que me apareceu foi Parafuso. Fui desenvolvendo e aos 12 anos ganhei o primeiro festival, em Caruaru. Aos 18 anos fiquei amigo de Parafuso e ele me chamou para trabalhar”, lembra Frank, a quem o artista convidou para ajudá-lo a fazer um zabumba.

“Eu estava trabalhando com ele e nem imaginava que o pagamento seria o zabumba que eu mesmo estava ajudando a fazer”, conta Frank Moral. “Depois de seis meses, cheguei lá e tinha um zabumba branco, que Parafuso me pediu pra testar. Toquei um xaxado e ele disse. Pronto, bote o zabumba na bolsa e leve pra casa. Comecei a me inspirar e a tocar.”

parafuso-marcelo-lancelottMarcelo Lancelott: perda para a cultura regional

Segundo o compositor Marcelo Lancelott o falecimento de Parafuso é “uma perda para a cultura regional, para a família e para os amigos”. Sobre a continuidade do grupo Os 3 do Nordeste, com Luiz Carlos assumindo o lugar do pai no zabumba, Marcelo disse que espera que isso aconteça: “Espero que ele dê continuidade a tudo o que o pai deixou. Tenho certeza que ele vai conseguir representar bem Parafuso”.

Lancelott lembra que tem sete músicas gravadas pelos 3 do Nordeste, entre elas, a mais recente, é ‘Eu vou à praia’. “Quando levei essa música lá na casa de Parafuso, o sanfoneiro ainda era Adriano, que fez três arranjos e pediu que eu escolhesse um. E disse, ‘vamos gravar essa música’. Isso para mim é um motivo de muita honra e orgulho, e muita realização como compositor”.

parafuso-velorio-9Roberto Moraes: tem que haver outro ciclo

O compositor e músico Roberto Moraes, que faz dupla com Oscar Neto (que personaliza o Coroné Grilo), disse que para a música, ficar sem Parafuso é uma perda irreparável. “É um momento muito delicado para a música brasileira. Digo que ele partiu e não se despediu da gente”. Roberto, entretanto, afirma que para quem fica a missão é manter firme a bandeira do forró: “Até por ele, temos que manter a luta”.

Sobre a continuidade do grupo, Roberto acha que Parafuso gostaria que o trabalho fosse continuado: “Ele não queria parar. Foram 45 anos de muita musicalidade, muito xaxado e forró, e hoje o trio é uma empresa, tem seus fãs. Acho que acabou um ciclo, tem que partir para outro”.

14813625_352666685081149_1534073570_nJunto com os maiores

Como personagem dentro da música nordestina, o artista Roninho do Acordeon coloca Parafuso no mesmo patamar de Dominguinhos, Luiz Gonzaga e outros. “Dizem que ninguém é insubstituível, mas acho difícil surgir outra pessoa como ele”, diz Roninho, afirmando que a morte de Parafuso representa grande perda para a música nordestina.

parafuso-velorio-31Duas perdas

“É um sofrimento duplo: sofremos pela perda da pessoa e pela perda do artista”, avalia a cantora Gitana Pimentel. Ela considera o grupo Os 3 do Nordeste como a principal referência do forró. “Parafuso sempre foi um cara muito bacana, no palco e fora dele. Só de você olhar para ele se sentia feliz”.

Amizade e parceria

O produtor, compositor e cantor Gilvan Neves lembrou ter conhecido Parafuso em 1976 durante show em Caruaru. “Era e é ainda uma dos maiores nomes da música, do nosso forró. Fui me apresentar a ele, expliquei que estava fazendo minhas músicas e ele escolheu uma para gravar. A partir daí ficamos amigos e quando ele ia para Caruaru ficava na minha casa”.

14804781_352666461747838_49092007_n“Os 3 do Nordeste continuará”

O ativista cultural e incentivador da obra nordestina Ajalmar Maia (Troféu Gonzagão) disse que Os 3 do Nordeste viraram mito. “Tanto é assim que as músicas do primeiro disco permaneceram em sucesso até hoje, estão aí há 45 anos”, lembra. Ajalmar também destacou o profissionalismo do grupo diante da fatalidade da morte de Parafuso, a exemplo de Luiz Carlos, o filho, que manteve o compromisso, tomou o lugar do pai no zabumba e cumpriu o roteiro de shows da turnê europeia. “Ele sabe da responsabilidade que tem diante da obra do pai, por isso acho que ‘Os 3 do Nordeste’ continuará”.

14877207_352666485081169_1636157785_nO legado de homem

Entre as autoridades presentes às homenagens a Parafuso, o vereador João Dantas disse que além dá conhecida bagagem artística conhecida do público, o zabumbeiro deixa para a família e amigos próximos um “legado de homem, cidadão, pai, amigo… que fará com que esse sentimento de perda vá se afastando e amenizando a dor, sobretudo dos familiares e daqueles mais próximos”.

Lisete: “Uma voz branda, que gosta de receber as pessoas”14885861_354398194907998_2001315164_n

A viúva Lisete Véras lembra que o marido foi companheiro pessoal e profissionalmente, uma pessoa de atitudes brandas. “Nunca me levantou a voz. Era uma pessoa de muita presença profissional e familiar”, afirma.

Ela conta que, com seu jeito sociável, Parafuso gostava de receber os amigos e cultuava esse ritual sempre que a agenda artística lhe permitia. O próprio zabumbeiro e o compositor Roberto Moraes, um dos grandes amigos da família, construíram a churrasqueira com a qual Parafuso costuma aquecer esses encontros bem fraternos e sempre animados com o mais genuíno forró. E boa conversa.

14826383_354398211574663_1794144479_nA oficina de zabumbas

Na casa da família, no bairro do Cinza, em Campina Grande, num galpão a que poucos fora desse círculo tiveram acesso – mas que foi fotografado pelo Festar – permanecem ferramentas e materiais usados por Parafuso na segunda atividade profissional que mais o interessava: concertar zabumbas e construí-las.

“Foi com a zabumba que eu criei meus filhos”, relembra Lisete a frase que nos últimos tempos Parafuso usava para mostrar a importância que o instrumento teve em sua vida. A zabumba branca que ele tocava fica agora para o próximo ‘mosqueteiro do forró’.

 

(Reportagem e fotos: Snides Caldas / Texto e edição: José Carlos dos Anjos Wallach)

 

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A história de Os 3 do Nordeste – parte da discografia

 (informações do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira)

 

O trio foi criado em 1972 com o vocalista Erivan Alves Almeida, o Mestre Zinho, nascido na cidade de Rio Largo (AL); o sanfoneiro José Pacheco Marinho Filho, o Zé Pacheco, de Rio Tinto (PB), e o zabumbeiro Carlos de Albuquerque Melo, o Parafuso, nascido em João Pessoa (PB).

parafuso-e-proibido-cochilarO trio lançou o primeiro LP em 1974, pela Entré/CBS, intitulado ‘É proibido cochilar’. Faziam parte ainda do disco as músicas, “Voltar pra Bahia”; “Homem com H”, outro grande sucesso; “Tá faltando alguém”; “Eu era feliz”; “Forró em São Miguel”; “Estorei no Norte”; “Trabalha Mané”; “Brasil expresso”; “Meu grande amor”; “O casamento da Raqué”, e “Eu vou meu bem”.

 

 

parafuso-forro-pra-juventudeA partir desse LP, o trio começou a fazer sucesso, em especial no Norte e Nordeste. Dois anos depois, foi lançado o segundo LP, intitulado ‘Forró pra juventude’, também pela Entré/CBS, com as composições ‘Forró pra juventude’; ‘Procurando Lica’ e ‘Maria Medrosa’, as três de Assisão; ‘A vendinha da feira’, de Assisão e Zé Cacau; ‘Forró na Ribeira’, de Assisão e José Pacheco; ‘Não compro sem poder’, de Jacinto Limeira; ‘Escorregou caiu’, de Cecéu; ‘Amor sem fim’, de Parafuso; ‘Puxão na orelha dela’, de Paulo, Ângela e Santana; ‘Você caiu do banco’, de João Gonçalves; ‘Eu estou acreditando’, de Severino Ramos e Zé Matias, e ‘Panelada de siri’, de Buco do Pandeiro e Reivan.

 

parafuso-pode-cochilarEm 1977, lançaram o LP ‘Pode cochilar’, no qual apresentaram nova leva de xotes, baiões e toadas: ‘Depois da novena’, de Assisão e Zé Pacheco; ‘Confiança’, de Tarcisio Capistrano; ‘Pode cochilar’, de  José Gomes e Joás; ‘Araripina’, de  Zé Cacau; ‘Sei que você chora’, de D. Matias e Zé Pacheco; ‘Alambique de barro’, de Assisão; ‘Exaltando à Bahia’, de Auricélio Guedes e Zé Pacheco; ‘No asseiro do roçado’, de Florival Ferreira;  ‘Menina do parque’, de Assisão; ‘Cheia de chiquê’, de Parafuso e Joás; ‘Aqui eu vou ficar’, de Jaime Augusto e Messias Holanda, e ‘Não chora vaqueiro’, de D. Matias e Zé Cacau.

 

parafuso-forro-do-poeiraoEm 1978, já transferidos para o selo Uirapuru/CBS, o trio obteve grande sucesso nacional, com o xote ‘Por debaixo dos panos’ de Cecéu, que receberia diversas gravações, entre as quais, a do cantor Ney Matogrosso. Também foram sucesso neste LP os baiões ‘Forró do poeirão’, de Antônio Barros, e ‘Bicho homem’, de Cecéu. Este LP, que recebeu o título de ‘Forró do poeirão’, incluiu ainda ‘Rico de amor’, de Cícero Barros e Italúcia; ‘Campo de batalha’, de Florival Ferreira e Elias Soares; ‘Morena dos olhos verdes’, de Antônio Ceará e Elias Soares; ‘Tabú sem fim’ de Cecéu; ‘Forró animado’, de Italúcia e Benício Guimarães; ‘Sanfoneiro de pagode’, de Cícero Barros e Zé Matias; ‘Forrózinho bom’, de José Gomes Sobrinho e Elias Soares; ‘Abôio de vaqueiro’, de Jacinto Silva e Zé Cacau, e ‘Forró em São Domingos’, de Parafuso e Zé Matias.

 

Movimento pelo forró

Por essa época, fizeram parte de um movimento de revitalização do forró, através da presença, no cenário nacional, de novos nomes da música popular nordestina, como Alceu Valença, Zé Ramalho, Fagner, Vital Farias, e outros. O movimento tinha, no Rio de Janeiro, um centro irradiador que era o Forró Forrado, dirigido por João do Vale, no bairro carioca do Catete.

parafuso-e-bom-pra-valerEm 1979, lançaram o LP ‘Bom pra valer’, incluindo uma série de baiões e xotes de compositores já presentes em seus trabalhos anteriores, como Messias Holanda, Zé Cacau, e Elias Soares. Estão presentes no LP ‘A menina da blusa’, de Zé Pacheco e Elias Soares; ‘É bom pra valer’, de Messias Holanda e Zé Cacau; ‘Baianinha’, de Florival F. dos Santos e Parafuso; ‘Até o dia clarear’, de Zé Cacau; ‘Homem com homem não dá’, de Genário e Édson Duarte; ‘Quero ver você sorrindo’, de João da Gondin e Ivan das Lojas; ‘Sentado na pedra’, de Zé Pacheco e Parafuso; ‘Quem está aí’, de Parafuso e Zé Cacau; ‘Meu Maceió’, de G. Magela e Zé Cacau; ‘Bacalhau brasileiro’, de Alventino Cavalcanti; ‘Lá vai ela’, de Auricélio Guedes e Zé Pacheco, e ‘São João em Taperoá’, de Elias Soares e Abdias Filho.

 

parafuso-da-boca-pra-foraEm 1980, o trio lançou o LP ‘Da boca pra fora’, música título de Céceu. Também estiveram presentes no disco os forrós ‘Cama fofinha’; ‘Procurando paz’; ‘Forró pingado’ e ‘Morena louca’, todos de Cecéu; ‘Garota Bossa Nova’, de Jacinto Limeira e Zé Pacheco; ‘São João em Santa Luzia’, de Zinho e Zé Pacheco; ‘Tá assim de gavião’, de E. Duarte e Manoel Vidal; ‘No cantinho da parede’, de Adolpho de Carvalho e Adélio da Silva; ‘Matuto incrementado’, de Zinho e Parafuso, e ‘Coração parando’ e ‘Brincadeira tem hora’, de Zinho e Manoel Vidal.

 

 

parafuso-o-melhor-forro-do-mundoNesse período participaram de inúmeras festas juninas, além de apresentações em Rádios e emissoras de televisão no Nordeste. Em 1981, foi lançado o LP ‘O melhor forró do mundo’, que também alcançou grande sucesso, especialmente no Nordeste, novamente embalado por composições de Cecéu. Ao todo foram quatro: ‘Volta pra casa nega’; ‘Amor com café’; ‘O melhor forró do mundo’, de Adélio da Silva e Adolpho de Carvalho; ‘Quem quiser que se segure’, de D. Matias e Manoel Vidal; ‘De sapato novo’, de Zinho, Manoel Vidal e Zé Pacheco; ‘São João no desador’, de Parafuso e Aloísio; ‘Amanhã é dia’ e ‘Nossa quadrilha’, de Zinho e Nininha; ‘O amor escondido’, de Juarez Santiago e Zinho, e ‘São João pra frente’, de Zé da Onça e Zé Pacheco.

 

parafuso-ta-do-jeito-que-a-gente-querPouco depois o trio foi contratado pela gravadora Copacabana, pela qual lançou, em 1985, o LP ‘Tá do jeito que a gente quer’, apresentando uma série de obras do cantor, instrumentista e compositor Zinho, integrante do grupo, com diferentes parceiros: ‘De candeeiro aceso’, com César Fontes; ‘Joalina’, com Arnóbio Santos; ‘Deixe o dia clarear’ e ‘Tá do jeito que a gente quer’, com Zé Pacheco; ‘Tum tum coração’, com Aloísio J. Silva, e ‘Vamos brincar de roda’, com Parafuso. Além dessas composições, ainda fizeram parte do disco as músicas ‘Forró metaleiro’, de Luis Wanderley, Aloísio J. Silva e Ruy de Souza; ‘Forró veneno’, de Luis Wanderley e Aloísio J. Silva; ‘Forró de respeito’, de Parafuso e Elias Soares; ‘Chamego da morena’, de Ciro José e José Orlando; ‘Amor doidinho’, de Juvenal Lopes e Nininha; e ‘Eu e você’, de Zinho, Zé Pacheco e Célio C. M.

parafuso-osso-duro-de-roerEm 1986, já pela Top Tape, lançaram o LP ‘Osso duro de roer’,  interpretando as composições ‘Osso duro de roer’, de Zinho, Aloísio Silva e Parafuso; ‘Melô do zabumba’, de Zinho e Parafuso; ‘Boca louca’, de Zinho e Agripino Aroeira; ‘Dúvida’, de Agripino Aroeira; ‘Forró classe A’, de Agripino Aroeira, Zinho e Zé Pacheco; ‘Chora sereno’ e ‘Princesa do Ipujuca’, de  Agripino Aroeira e Zinho; ‘Lima de cheiro’, de Agripino Aroeira; ‘Chamego no escuro’, de Zé Pacheco e Parafuso; ‘Vadiar no teu segredo’, de Cecéu; ‘Bicho Homem’, de Zinho e Zé Pacheco, ‘Amor gozado’, de Antônio Barros, e ‘O segredo do forró’, de Juvenal Lopes e Nininha.

 

 

parafuso-pra-gente-se-amarEm 1989, o trio integrou a trilha sonora da novela ‘Tieta’, da Rede Globo de Televisão, interpretando o xote ‘Água na boca’. Em 1991, o trio passou a gravar pela Unacam, e lançou, como primeiro trabalho na nova gravadora o LP ‘Pra gente se amar’. Nesse LP, foram interpretados xotes, baiões e toadas, como: ‘Vem moreninha’ e ‘Inveja de ocê’, de Parafuso e Zé Pacheco; ‘Eu piso e você pisa’, de Anastácio; ‘Sanfonada’, de Joca do Acordeom; ‘Vem cair no forró’, de Calumbí e J. Afonso; ‘Remelexo’, de Roberto Morais e Zé Galdino; ‘Paquerador’, de Marrom e Aloísio J. Silva; ‘Enquanto o mundo for mundo’, de Aristeu Nelo e Parafuso; ‘Ai eu quero vê’, de Marcos Antônio e Geraldo Tavares, e ‘Pra gente se amar’, de Parafuso, Marrom e Aristeu Nelo.

 

parafuso-lp-1991No mesmo ano, foi lançado o LP ‘Os 3 do Nordeste’, com as interpretações de ‘Acenda uma fogueira no seu coração’, de Juarez Santiago e Marrom; ‘É bom fazer assim’; ‘Forró em Uauá’; ‘Pedi a sua mão’ e ‘Fez minha cabeça’, de Parafuso e Zé Pacheco; ‘É a nossa curtição’, de Gavião e Marrom; ‘Cabeça louca’, de Lisete e Luzivete; ‘Forró quentinho’, de José Nilton e Sargento Pereira; ‘São João pra frente’, de Antônio Barros e Antônio Ramos; ‘Tá gostoso Tá’, de Parafuso e Aloísio J. Silva; ‘Me sinto feliz’, de Arimatéia e Anastácio de Oliveira, e ‘Amor e paixão’, de Geraldo Tavares e Sargento Pereira.

 

 

parafuso-20-anos-de-forroEm 1993, comemorando 20 anos de carreira, o trio passou a gravar no selo Art Show e lançou o LP ‘20 anos de forró’, com as músicas ‘Igual beija na fulô’, de Gavião e Zé Pacheco; ‘Aqui não fico só’, de Anastácio de Oliveira e Zé Pacheco; ‘Café com leite’, de Gilvan Neves e Marrom; ‘Toque sanfoninha’, de Parafuso e Zé Cardoso; ‘Sou feliz’, de Maciel e Marrom; ‘20 anos de forró’, de Parafuso, Zé Pacheco e Aristeu Nelo; ‘Eu faço amor’, de Parafuso e Ajalmar Maia; ‘No fungadinho’, de Zé Nilton e Sargento Pereira; ‘Forró do xem em em’, de Parafuso e Zé Pacheco, e ‘Se eu te pegar’, de J. Santos, Lisete e Lusivete.

 

 

parafuso-bandeira-do-forroEm 1994, também, pela Art Show lançaram o LP ‘Bandeira do forró’, um disco quase manifesto, em defesa das tradições do forró. No repertório constaram as composições ‘A bandeira do forró’, de Gilvan Neves e Ajalmar Maia; ‘Coração vencedor’, de Anastácio de Oliveira e Ajalmar Maia; ‘Quando o amor acontece’, de Parafuso e Zé Pacheco; ‘De perna dura’, de Gavião e Ajalmar Maia; ‘Ainda gosto de você’, de Rosinha Mariana e Ajalmar Maia; ‘Os homens da Paraíba’, de Arlindo e João Tavares; ‘Lamentos da natureza’, de José Cavalcanti da Silva e Parafuso; ‘A distância’, de Geraldo Silva e Ajalmar Maia; ‘Pão e circo’, de José Cavalcanti da Silva e Zé Pacheco, e ‘Morrendo de paixão’, de Toninho Guedes e Guilherme Diniz.

Em 2002, o trio lançou o DVD ‘30 anos de forró’, comemorativos as três décadas de atividades ininterruptas.

Em 2012, teve participação especial no CD ‘Nandinho do Pandeiro e seus convidados cantando suas composições’, de Nandinho do Pandeiro. No disco, acompanhou Nandinho e cantou na faixa ‘Bodas de Pratas’, do anfitrião.

 

(1994) Bandeira do forró – Art Show – LP

(1993) 20 anos de forró’- Art Show – LP

(1991) Pra gente se amar – Unacam – LP

(1991) Os 3 do Nordeste – Unacam – LP

(1989) Tieta 2 – Trilha Sonora da Novela da Rede Globo – Participação- Som Livre – LP

(1986) Osso duro de roer – Top Tape – LP

(1985) Tá do jeito que a gente quer – Copacabana – LP

(1981) O melhor forró do mundo – Uirapuru/CBS – LP

(1980) Da boca pra fora – Uirapuru/CBS – LP

(1979) É bom pra valer – Uirapuru/CBS – LP

(1978) Forró do poeirão Uirapuru/CBS – LP

(1977) Pode cochilar – Entré/CBS – LP

(1976) Forró pra juventude – Entré/CBS – LP

(1974) É proibido cochilar – Entré/CBS LP