A dança e a música foram os caminhos encontrados pela cantora, compositora e dançarina Joelma para marcar o seu nome – e o do gênero calipso – na cultura popular brasileira. Com mais de 25 anos de carreira, a artista paraense é dada a reinvenções e, em entrevista ao canal de YouTube Papo de Música, contou à jornalista e curadora Fabiane Pereira sobre sua busca por inovação musical, refletiu sobre os auges da sua trajetória e também abordou o momento de esforço que custou a ela a própria saúde. O bate-papo foi ao ar ao meio-dia desta terça-feira (11).
“Eu perdi a minha saúde, só conseguia fazer uma refeição por dia e dormia o dia inteiro. Só acordava à noite pra comer, me arrumar e sair”, lembra Joelma ao falar da época em que chegava a fazer onze shows por semana. Ela revela que a força para continuar construindo a sua trajetória está na conexão com a religiosidade. “Desde o início da banda Calypso, eu senti muito essa necessidade. Chegou um momento em que eu não sorria, a vida não tinha mais graça. Mas eu sabia onde buscar [força]. É como na música ‘Coração Vencedor’, tem que lutar”, diz, destacando a relação entre o seu single mais recente e a vida pessoal.
A luta das mulheres por respeito na sociedade também foi tema do bate-papo. “Tem que lutar mesmo, falar, expor. Não tem saída. Foi assim, no decorrer de muitos anos e muitas décadas que a gente conquistou o que vive hoje”, declara. Exemplo de superação por suas letras e trajetória pessoal, ela destaca também a importância de persistir mesmo frente a retrocessos. “Às vezes, a gente sobe um degrau, sobe dois e desce um, sobe três e desce dois. Mas tem que continuar subindo”, pontua.
Além da força para ter resiliência na caminhada artística e pessoal, Joelma mostrou um pouco da potência de sua voz no quadro “Palinha”, no qual destacou referências como Barbra Streisand. Depois de Joelma, Fabiane Pereira recebe no Papo de Música – ainda em maio – o vocalista da banda Skank, Samuel Rosa, e a cantora Mônica Salmaso.
Assista ao papo com Joelma
(Da Redação)
