JP será capital internacional da economia criativa

JP será capital internacional da economia criativa

Eventos - 20, agosto, 2019

 

Inventar economia, usando todo o poder da criatividade para fazer com que um determinado produto – que antes nem se sabia que existia – se encaixe bem aos olhos do mercado. Esse é o princípio da economia criativa, um termo que vem sendo largamente utilizado e estimulado, e que será o tema da Feira Internacional de Negócios Criativos e Colaborativos, que se realizará em João Pessoa, de 2 a 28 de setembro, no Espaço Cultural.

No fim de tudo, as leis do setor desembocam num movimento econômico que é natural e está entre nós há séculos: descobrir produtos, usar a criatividade e torná-lo vendável. Atualmente, esse princípio também se cerca de sustentabilidade, tecnologia e responsabilidade social.

Layout completo da Feira

O dicionário do setor coloca economia criativa como a soma de capital intelectual + cultura + criatividade + tecnologia, gerando valor econômico.

E é possível aplicar a fórmula em vários segmentos: se você tem habilidade artísticas ou se é fera na tecnologia da informação; se é escritor ou acha que pode ser um ás da gastronomia. Na Feira Internacional, por exemplo, estão em exposição e à venda produtos e serviços nos seguintes setores:

  • Artesanato e arte popular
  • Artes visuais
  • Audiovisual/cinema
  • Design (gráfico/moda/interiores)
  • Música
  • Gastronomia
  • Teatro
  • Circo
  • Literatura
  • Games
  • Websites
  • Arquitetura
  • Moda
  • Museus
  • Literatura
  • Comunicação
  • Publicidade
  • Startups digitais

Layout do estande

O tamanho da feira

Com 80 expositores e uma expectativa de 4 mil visitantes, o evento tem a missão de promover a comercialização de produtos e serviços de qualidade em 18 segmentos.

Entre o público estarão empreendedores de negócios tradicionais e negócios criativos, entidades técnicas entidades financeiras.

A Feira também vai permitir aprofundar conceitos e conhecimento de ferramentas e cases, para ampliar o entendimento do tema.

Segundo informa a gestora de Turismo do Sebrae-PB, Regina Medeiros, o projeto de economia criativa para o Estado, elaborado por ela, foi aprovado pelo Sebrae Nacional e existe desde 2018. De maneira que a realização da feira na cidade acaba sendo uma consequência natural desse trabalho.

Regina Medeiros Amorim, gestora de turismo do Sebrae-PB

“Essa Feira vai ser um divisor de águas, porque está trazendo palestrantes internacionais, inclusive de outras cidades criativas. Contamos com a curadoria da Lala Deheinzelin, especialista e pioneira em economia criativa no Brasil, que nos ajudou na indicação de pelo menos 11 desses nomes”, contextualiza.

Serão 22 palestras, além de oficinas, rodada de negócios e caravanas empresariais. São 99 estandes para exposição e negócios.

E também será montado o espaço Nordeste Criativo (200 m2), onde o Sebrae dos nove Estados nordestinos exporão o que há de melhor nesse âmbito.

João Pessoa, Cidade Criativa

Em 2017 a capital da Paraíba foi certificada Cidade Criativa da Unesco. O Sebrae contratou um consultor da Unesco, Eduardo Barroso Neto, que já fez esse trabalho para outras cidades. A Unesco trabalha com sete segmentos para certificar uma cidade criativa.

O dossiê contém tudo o que foi feito nos cinco anos anteriores e o que deve ser feito nos cinco posteriores – no caso de João Pessoa, no segmento de artesanato e arte popular. Para encaminhar o documento à Unesco foi necessária a assinatura do prefeito Luciano Cartaxo, já que o gestor municipal é quem encaminha a documentação à instituição.

Depois que a Unesco certificou João Pessoa, o Município contratou Eduardo Barroso Neto para coordenar e fazer acontecer o plano de trabalho de cinco anos. Caso João Pessoa não cumpra essas metas, deixa de ser Cidade Criativa.

“Acredito que o Sebrae tem dado uma contribuição grande nesse sentido”, avalia Regina.

 

(José Carlos dos Anjos Wallach)