Leila erudita pela primeira vez, e Seis com Casca

Leila erudita pela primeira vez, e Seis com Casca

Música - 23, setembro, 2020

 

A química musical e artística vivida por Leila Pinheiro e o grupo Seis com Casca, em 2011, durante o Projeto Metso Cultural, rendeu agora, quase uma década depois, a gravação do álbum ‘Cenas de um amor’.

Pela primeira vez na carreira, Leila canta obras de compositores eruditos – Mahler, Fauré, Dvórak, Ravel, Kurt Weill – traduzidas e adaptadas especialmente para este álbum pelo escritor e letrista paulistano Carlos Rennó.

Desse repertório, destacam-se ainda a música ‘Cenas de um Amor’, versão de Nelson Motta para ‘Tendrement’, do compositor francês Erik Satie (e que deu título ao álbum), ‘Corsário’, de João Bosco e Aldir Blanc, e ‘Inclemência’, do maestro e compositor brasileiro César Guerra-Peixe, que ganhou letra de Zélia Duncan.

Explorando as diferenças e similaridades entre a música erudita e a popular através de canções de compositores dos dois gêneros, Leila Pinheiro e o grupo Seis Com Casca encantam pelo “casamento musical” absolutamente novo, moderno e certamente eterno.

‘Cenas de um amor’ já se encontra disponível em todas as plataformas digitais. Foi gravado no Teatro da Escola de Marketing Industrial (SP) e mixado/masterizado no Estúdio Arsis, por Adonias Souza Jr., e produzido por Leila Pinheiro e Seis com Casca.

“Foi uma imensa alegria saber que rendeu este fruto extraordinário rico de detalhes e nuanças musicais, o encontro inusitado entre Leila Pinheiro e o Seis com Casca, anos atrás num show pela manhã, para uma plateia de mais de 4 mil pessoas. Eu imaginava que teria muita afinidade este encontro musical e, de fato, naquele dia eles arrebataram o público”, lembra Marco de Almeida, responsável pelo encontro.

Os artistas

O grupo instrumental Seis Com Casca surgiu em 2007, quando a maioria dos seus integrantes ainda estudava no departamento de música da Universidade de São Paulo (USP), com o propósito de buscar leituras diferenciadas e inovadoras que unissem a música erudita e a popular. Desde então, lançaram dois álbuns, fizeram turnês pelo Brasil e Europa, e participaram de importantes programas de TV.

Bruno Monteiro (piano), Potiguara Menezes (guitarra), Diogo Maia  (clarinete, clarone), Nikolay Iliev (violino), Mauricio Biazzi (baixo acústico) e Nath Calan (vibrafone e bateria) trazem no currículo, sólidas experiências musicais.

Completando 40 anos de carreira em 2020, Leila Pinheiro nasceu em Belém do Pará; em 1981 mudou-se para o Rio de Janeiro, iniciando uma trajetória de grande sucesso. Com a canção “Verde” (Eduardo Gudin / José Carlos Costa Netto), em 1985 conquistou o terceiro lugar no “Festival dos Festivais” (último grande festival de música brasileira) além de receber o prêmio de cantora revelação do festival. Admirada no Brasil e no exterior – onde já realizou inúmeros concertos e turnês – Leila construiu nessas quatro décadas, uma impecável discografia, consolidando-se como uma das maiores intérpretes brasileiras da atualidade.

Lista de músicas:

Corsário (João Bosco/Aldir Blanc)

Canção Amiga (Milton Nascimento/Carlos Drummond de Andrade)

Cenas de Um Amor “Tendrement” (Erik Satie/Nelson Motta)

Alfonsina Y El Mar (Ariel Ramirez/Felix Luna)

Canção de Nana (Nanna´s Lied) (Kurt Weill/Bertolt Brecht/Carlos Rennó)

É Assim Que Tu És (C’est Ainsi Que Tu Es) (Francis Poulenc/Carlos Rennó)

Inclemência (César Guerra-Peixe/Zélia Duncan)

Uma Lenda do Reno (Rheinlegendchen) (Gustav Mahler/Carlos Rennó)

Dorotéia (Leila Pinheiro)

Canções Que Mamãe Me Ensinou (Songs My Mother Taught Me (Antonin Dvórak/Carlos Rennó)

Pavane, Op. 50 (Gabriel Fauré)

Abertura: Pra Que Discutir com Madame

Pra Que Discutir com Madame (Haroldo Barbosa/Janet de Almeida)

(Da Redação, com informações de assessoria)