Lançado em novembro, ‘Bom mesmo é estar debaixo d’água deluxe’, da baiana Luedji Luna, está sendo apresentado em turnê pelo país. Eno mês de novembro de 2020, numa promoção do Governo da Paraíba para marcar o Dia da Conciência Negra, a artista apresentou um show via internet pela TV Funesc.
O álbum que está em apresentação conta com 10 faixas inéditas de autoria própria, e em parceria com compositores já conhecidos em seus trabalhos anteriores, como Marissol Mwaba, François Muleka e Ravi Landim.
É um disco sobre amor na perspectiva de mulheres negras. Dessa forma, outras vozes compõem a construção dessa narrativa: Yoùn, Linn da Quebrada, Aza Njeri, Mayra Andrade, Winnie Bueno são alguns dos nomes presentes na versão deluxe, do álbum.
Trabalhos como o da cantora e compositora Solange Knowles e Cleo Sol foram o mote de inspiração para essa versão deluxe de um trabalho lançado em 2021: “Quero visitar um lado meu da composição e do canto, pouco explorado por mim. É um disco que com certeza vai surpreender o público que acompanha meus trabalhos, mas ao mesmo tempo acho que vai dialogar com um outro universo. Fazer arte é se arriscar! Tem sido assim desde o meu primeiro disco”, pontua Luedji Luna.
O Deluxe conta também com participações especiais de artistas nacionais e internacionais, como a cantora, produtora e compositora etíope-estado unidense, Mereba, da trilha sonora do filme Queen & Slim (2019), ganhadora do BET Awardb(2020), que participa da faixa ‘Pele’; e também do MC e produtor norte americano Oddisee, que além de ter assinado a produção do single ‘Nova Deli’, participa de mais uma track no disco.
Do Brasil, o álbum novo conta com a participação da MC carioca N.I.N.A, na faixa ‘Metáfora’.
Bônus
Além das dez canções inéditas, o álbum vem com três remixes da primeira edição de ‘Bom Mesmo’, como bônus track: ‘Manto da Noite’ (produção Theo Zagrae), ‘Lençóis’ (produção Be-Atrz), e ‘Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água’, essa última produzida pelo Dj e produtor norte americano Sango.
Qual é o som do disco
Em ‘Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água Deluxe’, Luedji Luna flerta com neo-soul, R&B, além do jazz, já presente nos trabalhos anteriores. O disco propõe diálogo com o mercado norte americano. Um desejo da artista que surgiu a partir das parcerias internacionais que nasceram da sua primeira viagem a Nova York, e das colaborações para plataformas e projetos globais, como ‘Colors’ e ‘Tiny Desk’.
Segundo a assessoria da artista, essa característica tem feito o público internacional da cantora crescer. Com um total de 521 mil ouvintes no Spotify e mais de 100 milhões de streams, os números de Luedji para além do Brasil na plataforma são:
“Minha música desde o primeiro disco nasce com o intuito de dialogar com mundo”, afirma a cantora.
Ficha
É nessa perspectiva da internacionalização que a cantora optou por editar o álbum com profissionais de fora. A mixagem é do Filipino radicado nos EUA., Russell Elevado, que já trabalhou com artistas como Erykah Badu, Alicia Keys, Kamasi Washington D’angelo, Jay-Z, dentre outros nomes da música negra norte americana.
A masterização é do americano Mike Bozzi, que já atuou com artistas como Kendrick Lamar, Childish Gambino, Post Malone.
Com produção executiva de Regiane Silva, Luedji produz o próprio álbum ao lado de produtores musicais como um dos expoentes do jazz africano contemporâneo, o queniano Kato Change.
Também participa o carioca Theo Zagrae e o rapper americano Odissee, produtor musical de Washington, assinando a faixa ‘Sinais’. Ainda tem o musicista e produtor musical de New Orleans, John Key, baterista e produtor do álbum ‘When I Get Home’, de Solange Knowles. É John quem assina as faixas ‘Pele’ e ‘Tempos Artificiais’.
Quem é Luedji Luna
Cantora e compositora, nasceu em Salvador e estudou música na Escola Baiana de Canto Popular. Aos 34 anos, já coleciona dois álbuns, diversas indicações e prêmios,tendo alcançado certo destaque da música popular brasileira contemporânea.
Voz ativa na militância racial e feminista, Luedji mergulha em na ancestralidade e traz em sua arte mensagens fortes de luta, crenças, profundidade e amor.
Em 2017 lançou seu primeiro álbum ‘Um Corpo no Mundo”, que a projetou na cena nacional e rendeu os primeiros destaques em premiações, festivais e mídia. Em 2021, além de gestar o primeiro filho, também deu à luz o disco ‘Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água’, que entre tantas nomeações e topos de listas globais, a levou para a indicação de ‘Melhor Álbum de MPB’ do Grammy Latino 2021.
Em novembro de 2022 lançou a versão Deluxe de ‘Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água’, como uma espécie de Lado B da versão anterior.
A cantora conta ainda com participações em projetos musicais reconhecidos globalmente, como o ‘Colors’ e ‘Tiny Desk, com Afropunk.
(Da Redação, com informações da assessoria da artista)