A luta para proteger o forró como expressão cultural brasileira e ampliar a sua difusão segue ganhando adesões Brasil afora. Os fóruns se espalham pelo país e devem ser realizados agora em São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 24 e 29 de abril.
A missão desses fóruns é mobilizar artistas, ativistas culturais e a sociedade em geral na luta pelo reconhecimento do ritmo nordestino como patrimônio cultural imaterial do Brasil.
Nas últimas semanas essa campanha tem conseguido adesões importantes, entre elas a do Sesc, que tem fortíssima atuação no setor cultural. O apoio foi anunciado pelo presidente da entidade no Rio de Janeiro, Luiz Gastão, à Joana Alves, integrante do Fórum Nacional do Forró de Raiz.
À ativista cultural, fundadora da ONG Balaio Nordeste, o dirigente disse que o Sesc entrará na luta pelo reconhecimento do forró. “Essa é uma batalha que já tem cinco anos e o processo está com o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O Luiz Gastão nos garantiu esse apoio e disse que o Sesc tem meios para ajudar, acelerando as discussões e fazendo com que o processo seja concluído até o final do ano”, disse Joana.
Incansável na busca dos meios que levem o forró a obter reconhecimento, ela esteve recentemente em São Paulo e Rio de Janeiro, contatando artistas e mobilizadores para a realização dos fóruns locais.
“Vivemos um momento especial do forró. Isso é fruto dos eventos que realizamos em João Pessoa no ano passado”. Joana se refere ao 2° Fórum Nacional de Forró de Raiz e ao 1° Encontro Nacional de Forrozeiros, realizados em novembro em João Pessoa. Juntamente com a realização de audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) do Senado, esses eventos deram força ao momento.
Ponta de lança é o fórum
Joana Alves prevê que o Fórum de Forró de Raiz se transforme na ação mais forte da campanha pelo reconhecimento do ritmo como patrimônio cultural imaterial. O projeto que delineia essa meta começa a ser escrito em abril, diz ela.
Atualmente, o fórum está presente em cinco Estados do Nordeste, mas essa presença deve chegar a 14, com mobilização bem avançada.
“O forró está obtendo uma resposta. Isso é fundamental para que os gestores entendam que a gente não pode despresar nossa cultura de raiz”, afirma Joana Alves.
(Por José Carlos dos Anjos Wallach)