Música, teatro, cinema e debate no Novembro Negro

Música, teatro, cinema e debate no Novembro Negro

Eventos - 14, novembro, 2019

 

O Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares, será lembrado na Paraíba com uma série de atividades culturais.

Teatro, exposição, palestra, show musical e sessões especiais no Cine Banguê integram a programação do Governo do Estado que tem como tema ‘Compromisso com a Igualdade Racial’. Na terça-feira (12), em Cajazeiras, foi o espetáculo ‘Guerreiro’, do Grupo de Teatro Móijargão.

As ações culturais do Novembro Negro na Paraíba foram pensadas pela Fundação Espaço Cultural (Funesc) em parceria com a Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (SEMDH). Durante todo o mês, serão realizadas atividades nas diversas áreas de atuação das secretarias e órgãos estaduais.

Sandra Belê

A programação

14/11 – 20h – Teatro de Arena – Show Sandra Belê e Grupo Bongar (PE);

18/11 – 19h – Teatro Paulo Pontes – Conversa com Zezé Motta (RJ): Justiça Social e Igualdade Racial

26/11 – 14h – Contos Estrelados: Contação de histórias + sessão do Planetário + visita a Estação Ciências para crianças de comunidades tradicionais da Paraíba – Espaço Cultural José Lins do Rêgo;

27/11 – Abertura da Exposição “Ecos” – Neska Brasil – Espaço Expositivo Alice Vinagre (Programação Panapaná).

(*) O Cine Banguê preparou uma programação especial durante todo o mês com filmes que trazem a temática racial.

Quem é quem

Sandra Belê (PB)

Dona de uma voz marcante e presença de palco envolvente, Sandra Belê dispõe do talento e da atitude que compõem uma grande artista. Chamada – dentre tantos outros adjetivos – de “Patativa do Cariri”, a cabocla natural da pequena cidade de Zabelê, no Cariri paraibano, carrega a cidade não só no nome e nas lembranças, mas na força, na ousadia e na criatividade que marcam presença em seus CDs, shows e entrevistas.

Grupo Bongar

Grupo Bongar (PE)

Composto por ogãs do Terreiro Xambá, o Grupo Bongar reúne em si os festejos tradicionais do terreiro Xambá, local sagrado do culto aos Orixás e Eguns, no Portão do Gelo, em Olinda. Os integrantes do Bongar, todos parentes e familiares, transformaram o brinquedo de seus ancestrais em um novo caminho para o reconhecimento das raízes negras e indígenas do povo de terreiro. Palavras chaves do trabalho do Bongar são arte, espiritualidade e ritmo forte.

Zezé Motta (RJ)

Uma das fundadoras do Movimento Negro Unificado, no início dos anos 70. Com mais de 40 filmes no currículo, Zezé Motta também é celebrada no cenário musical, na TV e no teatro. Mulher, negra, brasileira, estrela da TV e do cinema, mais de 50 anos ininterruptos de carreira uma das poucas artistas que conseguem se equilibrar com respeito nos campos da atuação e da canção popular. Essa é Zezé Motta, que aos 75 anos tem a sua segunda biografia (“Zezé Motta: Um canto de luta e resistência”, de Cacau Hygino) e que segue divulgando o CD “O samba mandou me chamar”, primeiro que dedicou exclusivamente ao gênero, lançado em junho pela Coqueiro Verde.

Exposição Ecos

Dar vazão ao inconsciente é o principal eixo de pesquisa da Neska, que, através de vivências introspectivas, procura materializar suas imagens mentais. Após o ano de 2016, a artista permitiu-se à única liberdade possível: a liberdade na mente; para isso, desviou o foco de atenção do externo para o interno, e, com o olhar voltado para si, deu início a sua trajetória de autoconhecimento, autocompreensão e reestruturação. Como observadora curiosa dentro de sua própria cabeça, permitiu que as imagens se manifestassem sem amarras de estilos, temas ou tamanhos, o que resultou numa miscelânea de retratos que dialogam entre si de maneira independente, ousada, expressiva e que revelam significados múltiplos à medida em que os expectadores observam as obras, remetendo às experiências oníricas, onde nada é o que parece ser. Sob o olhar cuidadoso de Edilson Parra, Ecos é uma coletânea que fulgura fragmentos de suas produções.

 

(Da Redação, com Secom-PB)