José Ribamar da Silva é um ícone da música brega romântica, com 50 LPs e 15 CDs gravados e seis discos de ouro. Estamos falando do cantor e compositor Roberto Müller, nome artístico muito conhecido no Brasil e em outros países, principalmente nas décadas de 60 e 70.
Com um público fiel que o denominou ‘o romântico pingo de ouro’, ele tem entre seus grandes sucessos estão ‘Nunca Mais Brigarei Contigo’, ‘Entre Espumas’, ‘Fruto Amargo’ e ‘Por Uma Mulher’.
Como várias estrelas que brilharam no passado, ele hoje é pobre – apesar de todo o sucesso que fez – e está muito doente, aos 80 anos. Mora em apartamento alugado no bairro do Ipsep, em Recide (PE).
Roberto Müller, Dagmar e o médico Wonder
A situação do artista começou a tomar contornos mais dramáticos no dia 10 de fevereiro de 2010, quando ele caiu no banheiro e bateu com a cabeça, sofrendo um AVC. Por causa disso perdeu os movimentos do lado direito do corpo.
Já em situação financeira difícil, Roberto Müller foi atendido no Hospital da Restauração e chegou a recuperar os movimentos. Seu drama aumentou um ano depois com a morte da esposa, Severina Claudino.
Atualmente, Roberto mora em companhia de Dagmar Pereira, que foi sua produtora na gravadora desde 1995. “Desde que ele ficou sozinho, passei a cuidar dele”, contou ela ao repórter Snides Caldas.
Campanha
Com saúde debilitada e movimentos limitados, Roberto Müller vive dias difíceis em Recife. Ele precisa de uma cadeira de rodas e não tem condições financeiras de comprá-la, o que motivou amigos a se mobilizarem em campanha para arrecadar a quantia necessária.
Além da cadeira de rodas, o cantor precisa de ajuda financeira porque está prestes a ser despejado, já que não vem pagando o aluguel. Seu quadro clínico também apresenta ansiedade e depressão, e requer sessões de fisioterapia, fraldas e medicamentos.
Toda renda de Roberto Müller é uma aposentadoria pelo INSS no valor de R$ 937,00 e um aporte no mesmo valor que lhe é repassado pela União Brasileira dos Compositores (UBC).
A cadeira de rodas que o artista precisa comprar
Mobilização
Quem iniciou a campanha de ajuda a Roberto Müller foi o cantor e compositor Geovane Júnior, que esteve na casa do artista. Nas redes sociais, a campanha é coordenada pela ativista cultural Maria José (que mora no Rio de Janeiro e integra o Fórum do Forró). Foi pelas redes que o sanfoneiro Vital do Acordeon e a cantora Paula Rodrigues, da banda Forrozão Bambolê, de Brasília, localizaram uma cadeira de rodas do modelo ideal para Roberto Müller.
Trata-se de um equipamento importado que custa normalmente no mercado R$ 2 mil, mas que está sendo vendido por R$ 1,3 mil, porque o proprietário conseguiu uma cadeira mais sofisticada. Até agora, a campanha em prol de Roberto Müller só conseguiu arrecadar R$ 400.
A dupla do Forró Bambolê se comprometeu em providenciar o envio da cadeira de rodas para Recife assim que a campanha arrecadar o valor suficiente para comprá-la. (Veja abaixo números de contas bancárias que arrecadam fundos para Roberto Müller)
Carreira
Roberto Müller iniciou na Rádio Timbira, de São Luís (MA). Com 63 anos de carreira, o artista chegou a fazer três shows neste ano, em abril, maio e junho. Os dois últimos foram no Piauí, para onde ele foi a convite do médido e amigo, Wonder, para realizar uma ressonância magnética.
Ele fez um show no Restaurante Latitude, a convite de outros dois amigos. Depois, foi levado para Piracuruca, onde fez a terceira apresentação na praia de mesmo nome.
Dagmar Pereira, sua produtora e atual cuidadora, trabalhou como divulgadora por 40 anos. Trabalhou nas gravadoras CBS, Poligram e Copacabana, divulgando nomes como Zé Calixto, Flávio José, Amazan, Os 3 do Nordeste, Trio Nordestino, João Paulo Jr, Geovane Jr e Zé Duarte.
Contas para doações:
Banco do Brasil
José Ribamar da Silva
Agência: 3258-1
C/c 21719-0
CPF: 230.494.997-53
Caixa Econômica Federal
Maria da Guia Araújo Pereira
Agência 0047 – Operação 013 – C/C: 00057359-9
CPF: 738.670.984-68
Celular da secretária Dagmar: (81) 999426301
Para ouvir:
https://www.youtube.com/watch?v=znii6-loWaE
(Reportagem: Snides Caldas / Texto e edição: José Carlos dos Anjos Wallach)
