Opressão ianque ambienta ‘Nomad Soul Zero’, de Rieg

Opressão ianque ambienta ‘Nomad Soul Zero’, de Rieg

Música - 3, novembro, 2021

Estamos em 2578. A empresa Terrible Inc, uma mega-corporação norte americana, se tornou o próprio governo, por meio de uma política que visa lucrar em cima da opressão da população.

(Foto: Marcelo Rodrigues-divulgação)

Esse é o fio condutor do jogo eletrônico ‘Nomad Soul Zero’, que integra o projeto do segundo álbum do duo de trip-hop Rieg. O primeiro EP, que leva o nome do jogo produzido para plataformas eletrônicas, tem previsão de lançamento ainda neste ano.

Conhecida por seus experimentos secretos envolvendo a transferência da consciência humana para máquinas durante a Guerra Fria, a Terrible Inc foi capaz de atingir o sucesso durante o século XXVI e pretende fazer uma atualização no chip neural das pessoas.

Em meio a este sistema, há um grupo hacker-ativista, chamado Horus, que busca se libertar da escravidão tecnológica da empresa. Seu líder, Iordz, tem certeza que o upgrade planejado pela Terrible Inc é para realizar uma lobotomia digital, manipulando as memórias, opiniões e pensamentos das pessoas em prol da corporação.

O jogo começa quando Iordz entra em contato com Filosofino, um artesão das tecnologias, que pretende ser o responsável por se infiltrar na matriz digital da empresa, burlar a atualização e continuar operando clandestinamente visando libertar a população da dominação da Terrible Inc.

Rieg

Formado pelo americano e alemão  Rieg R (voz/sampler/synth/guitarra) e pelo brasileiro Daniel Jesi (baixo/sampler), Rieg lançou seu disco de estreia, o enigmático “12:00’ – ouça aqui, em março de 2018.

Um dos nomes da recente cena musical paraibana – a banda foi criada em João Pessoa, em 2010 -, a Rieg já se apresentou em vários palcos no Brasil, como nos festivais SIM SP (SP), Picnik (DF), Mada (RN), Febre (SP), Festival Mundo (PB), Grito Rock (PE), Dia da Música (SP), UIVO (SP/PE), Fete De La Musique e Transpira (PI).

O duo possui uma discografia composta por 5 EPs e 1 álbum conceitual. Em todos a Rieg imprime uma estética específica, seja nas composições e na sonoridade retrofuturista do trip-hop e no pop experimental, seja no seu visual, que considera o clima oitentista das TVs analógicas e todo o clima lo-fi que abraça essa linguagem.

Em “12:00” a Rieg conta a história de um rapaz que tem de lidar com algumas verdades sobre seu falecido pai após encontrar no porão de sua casa fitas VHS escondidas. Cada música representa uma cena dos filmes que estão ligados à neurose do pai, provocando assim um jogo de recortes. Estas colagens, que compõem o que a banda chama de “sample visual”, deram origem ao segundo lançamento da banda em 2018, o filme Rieg “12:00” – veja o filme aqui.

A partir de filmagens aleatórias obtidas pelo vocalista Rieg em fóruns da deep web, o duo também produziu cenas inéditas – entre as quais, músicas do disco sendo reproduzidas ao vivo com a banda em ação – e juntou tudo isso num formato próximo ao de uma ópera rock, na qual a história do protagonista e as lembranças de seu pai são narradas por meio de diversas imagens e tempos visuais.

“Nomad Soul One”, o próximo álbum da banda, também é um disco conceitual, que se complementa com o jogo homônimo. A história se passa em um universo cyberpunk, em um futuro dominado pelas grandes corporações, sobretudo pela empresa Terrible, Inc., vilã de “12:00”.

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http://www.riegriegrieg.com/

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(Da Redação + Diogo Almeida, da assessoria da banda)