‘A Dita Curva’ é feito por dez mulheres pernambucanas, artistas múltiplas, que no palco misturam música, poesia e dança em performances que revelam a força do feminino. “Um espetáculo que nasceu de encontros e que se faz potente e necessário devido à sua diversidade de corpos, expressões, vozes e mensagens”, afirma o texto de divulgação da obra.
O espetáculo será apresentado nesta sexta-feira (13) em João Pessoa. No palco estarão Aishá Lourenço, Aninha Martins, Flaira Ferro, Isaar, Isadora Melo, Laís de Assis, Luna Vitrolira, Paula Bujes, Sofia Freire e Ylana Queiroga. Elas começam a temporada nesta quinta-feira (12), em Recife. Depois da Paraíba, seguem para São Paulo (21 e 22/9) e Rio de Janeiro (31/10).
Maior duração
Com direção musical de Paula Bujes, direção artística de Lilli Rocha e iluminação de Natalie Revorêdo, o espetáculo idealizado pela cantora, compositora e dançarina Flaira Ferro, ganhará mais tempo de duração nesta temporada, além de novos arranjos para as músicas, prometendo interpretações inéditas de músicas das artistas.
“Precisamos contar nossa história. Sem mediadores ou intérpretes. Precisamos falar com nossas palavras sobre quem somos, o que sentimos e como queremos desfrutar nossas vidas. Esse espetáculo, assim como tantas iniciativas feministas emergentes, traz, através da arte, a autonomia da nossa voz. É político, poético e urgente numa sociedade patriarcal que mata, oprime e silencia nossa existência”, conta Flaira Ferro.
A potência dessas cantoras é ouvida nos cantos em grupo, solos, duetos, quartetos, que enchem o palco de poesia e estilos musicais diversos, indo do maracatu ao pop, do brega/funk ao rock, com bits eletrônicos misturados a viola e violino.
Muita experiência
A harmonia do grupo, que também é um dos pontos fortes do espetáculo, vem muito da experiência das artistas. Aishá Lourenço, por exemplo, é percussionista, arte educadora, e filmaker, nascida na efervescência da cultura popular de Olinda e formada em Percussão Popular, na Escola Musical do Estado do Estado São Paulo (EMESP), e Produção Musical, na Manchester MIDI School, Inglaterra.
Já Aninha Martins é multiartista, atuando como cantora, letrista, intérprete e atriz. Isaar, uma das mais experientes artistas do grupo, começou no meio musical em 1997, com a banda Comadre Fulôzinha, e, hoje, está produzindo seu quarto disco, ‘Tocha Acesa’.
Sobre a expectativa para a ida dA Dita ao Sudeste, onde se apresentarão em São Paulo e no Rio de Janeiro, ela destaca a confiança na mensagem do projeto.
“Algumas de nós está indo pela primeira vez para o Sudeste fazer show. É bom ver o espetáculo chegando pela primeira vez em duas cidades que têm um fluxo tão grande de espetáculos. Nós estamos levando muito gás novo, nutrimos de muita esperança na nossa arte. Acreditamos nA Dita Curva”, garante Isaar.
Poeta, atriz e performer, Luna Vitrolira integra a nova geração de poetas e poetisas de Pernambuco, se destacando com suas performances poético-musicais. Para ela, A Dita está fazendo a diferença ao usar a arte como forma de acolher pessoas, suas dores e suas alegrias, mas também como instrumento de resistência.
“A arte é política, nossos corpos são políticos, nossa resistência e existência são políticas. Então, somos um grupo que escolheu usar o microfone como uma forma de acolher as pessoas, prazeres e histórias; e afrontar o que a gente não acredita. Queremos circular para que nossas mensagens cheguem em mais pessoas, com o objetivo de fortalecê-las, assim como nos fortalecemos ao fazer este projeto existir”, afirma Luna.
Músicos
Se boa parte das vozes do espetáculo já é conhecida pelo público pernambucano, como Isaar, Flaira Ferro, Sofia Freire e Isadora Melo, as musicistas também carregam bagagens especiais e somam de forma única ao show.
Laís Assis é a primeira violeira formada no Brasil, além de ter mestrado em Etnomusicologia. Falando sobre a academia, integrante e diretora musical do espetáculo, Paula Bujes, é doutora em violino, com diploma pela Universidade de Louisiana/EUA.
“Nos reunimos com as criações e contribuições de cada artista e, aos poucos, fomos delineando um espetáculo que contempla muitos aspectos do feminismo e do feminino. Sabíamos que isso era possível, mas nunca pensamos em fazer um espetáculo propriamente político, a não ser pelo fato de todas as envolvidas no projeto serem mulheres. Foi uma surpresa linda ver como nossas criações se entrelaçam de maneira tão potente, unindo música instrumental e vocal, dança, luz e poesia”, conclui Bujes.
Ficha técnica
Idealização: Flaira Ferro
Produção geral: Juliana Santos
Produção executiva: Taciana Enes
Assistente de produção: Luna Vitrolira
Direção cênica: Lilli Rocha
Direção musical: Paula Bujes
Intérpretes criadoras: Aninha Martins, Aishá Lourenço, Flaira Ferro, Isaar, Isadora Melo, Sofia Freire, Luna Vitrolira, Laís de Assis, Paula Bujes e Ylana
Iluminação: Natalie Revorêdo
Vídeos do espetáculo: Sylara Silvério, Manu Ribeiro e Bárbara Hostin
Fotos de divulgação pré: Carol Melo e Yuri Lemos
Figurino: Iana Merisse
Técnico de Som: Vinícius Aquino
Gestão de Projeto: Rute Pajeú – Grão Comunicação e Cultura
Comunicação, Identidade visual e Mídias Sociais: Mirah Ateliê de Ideias – Paula K. e Juliana Santos
Vídeos teaser: Mirah: Ateliê de Ideias – Paula K., Sylara Silvério, Lilli Rocha, Regina Celli, Natalie Revorêdo, Iana Merisse e Juliana Santos
Captação de imagens, edição e efeitos – vídeos teaser: Sylara Silvério
Assessoria de Imprensa (São Paulo e Rio de Janeiro): Agência Fática
Assessoria de Imprensa (Recife e João Pessoa): Thais Lima
Incentivo: FUNCULTURA e Governo do Estado de Pernambuco
Realização: Atiaia Produções Artísticas e Mirah Ateliê de Ideias
Produção Cultural: A Gravina
Apoio: Paço do Frevo, Escambo Fotográfico, Estúdio Carranca, Farol Ateliê da Luz, Juliana Beltrão
Classificação: 12 anos
Serviço
13/9 | Teatro Santa Roza | João Pessoa-PB | Ingressos disponíveis no site da Sympla (https://www.sympla.com.br/adita-curva-no-theatro-santa-roza__623591)
(Da Redação, com assessoria do espetáculo)