Petrônio Souto faz um passeio pelos antigos carnavais

Petrônio Souto faz um passeio pelos antigos carnavais

Eventos - 12, fevereiro, 2018

 

Ainda o corso, mas em 1925, provavelmente nas imediações da Praça Rio Branco

Desde que Momo apitou e deu início ao desfile de quatro dias, o jornalista Petrônio Souto se pôs em mais uma missão de resgate histórico. Dessa vez focando sobre as festas carnavalescas do passado em João Pessoa, a cidade a quem anuncia todo seu amor.

Tem garimpado imagens, por exemplo, do corso, um dos mais movimentados e aglutinadores eventos das festas de momo, décadas atrás, no Centro de João Pessoa. O ápice desse desfile espontâneo de troças e grupos em seus carros acontecia nos Anos 50 na hoje interditada Rua Duque de Caxias.

Há também imagens de bailes em salões clássicos da cidade, de encontro dos amigos, etc. No bom conteúdo trazido por Petrônio em sua conta no facebook, há muita informação: “O carnaval ou ‘entrudo’ (foto) era só um dia, a terça-feira antes da ‘Quarta-feira de Cinzas’, que abre a Quaresma. Depois surgiu o carnaval com três dias (domingo, segunda e terça), o tal Tríduo Momesco”.

Nos 50, o técnico em eletrônica Newton Monteiro, desfilava pelas ruas da cidade com sua ‘fubica’ e um sistema de som com amplificadores, “espalhando alegria de Tambaú ao Rio Sanhauá”

E também tem análise, contexto e crítica: “Agora o carnaval não tem período certo. No Brasil, todo dia é dia de carnaval. Micaretas e ‘prévias’ se proliferam como coelhos pelo Brasil afora, ao som das máquinas de contar dinheiro”.

Não aposentou a pena

Petrônio Souto completa 69 anos no mês que vem. Está aposentado, mas não consegue ficar quieto. Escreve diariamente em seu Facebook, como resultado de suas pesquisas no mundo virtual e em livros.

Jornalista dos bons, nessas suas atividades de historiador free lancer construiu uma das mais produtivas sucursais da grande rede. Se diverte e nos diverte com o trabalho e demonstra tesão pelo que faz.

Mais corso na Duque de Caxias

Cuidadoso, Petrônio cita todas as referências possíveis, mas boa parte do material está nas redes sem quaisquer informações de autoria. Apesar do esforço, o pesquisador muitas vezes não consegue dar o crédito devido às imagens. O fato importante é que elas existem e documentam um passado rico que, agora, é valioso para consultarmos, avaliarmos, compararmos, ou simplesmente tomarmos conhecimento.

 

No Clube Cabo Branco, o Carnaval era uma festa em black tie, como mostra a turma da jovem guarda: Napoleão Duré, Orlando Shuller, Ronaldo Minervino e Hugo Barreto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ainda no baile do Vermelho e Branco: os irmãos Cláudio e Mário Santa Cruz, e respectivas esposas; o detalhe nas mesas era a presença da lança-perfume

 

 

 

 

Em 1950, D. Cândida e Izidro Gomes (à direita); Lua e Adroaldo (centro) recebem o Bloco Camisa Listrada na bucólica Fazenda Boi Só. Esses blocos na verdade eram batucadas. Os grupos circulavam na cidade em cima de caminhões com assentos fixados na carroceria e visitavam residências de amigos. Eram atração no corso também

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(José Carlos dos Anjos Wallach)