Kurumins do Cangaço é um grupo de xaxado da cidade de Canindé de São Francisco (SE), que fica às margens do Rio São Francisco. Fundado pelo coreógrafo Junior Alves Dantas há dois anos, o grupo reúne hoje 17 crianças e adolescentes de idade entre 11 e 15 anos, sendo oito homens e nove mulheres.
“Elaborei um projeto para o Programa Mais Cultura na Escola, do Governo Federal, para a realização de oficinas que culminariam com a formação do grupo de xaxado, na Escola Maria do Carmo do Nascimento Alves”, lembra o coreógrafo.
O projeto foi um dos 800 aprovados entre os 20 mil inscritos no país e o MEC autorizou o início das oficinas em agosto de 2014.
“O nome Kurumins surgiu porque sou entusiasta da cultura caatingueira nordestina. Também para enaltecer as matrizes culturais indígenas, e pelo fato de que os alunos teriam entre 10 e 14 anos, dessa forma seriam meninos ou jovens. Ainda conta a região em que estamos, influenciada fortemente pelo fenômeno social do cangaço e todas as outras manifestações culturais que fazem parte de nossa rotina”, explica o Junior Alves.
Até agora, pelos menos 50 alunos fizeram parte do grupo, que luta pelos valores culturais da região, tendo como carro-chefe o xaxado, a dança criada por Lampião e seus cangaceiros.
Apresentação
“Fazemos apresentações intercalando dança e teatro, trazendo a vivência dos cangaceiros, sua rotina, seus causo”, diz o coreógrafo e fundador dos Kumurins. O significado do nome Kurumins do Cangaço é meninos cangaceiros ou jovens cangaceiros.
Objetivo
A finalidade do Grupo de Xaxado Kurumins do Cangaço é promover e difundir a cultura regional popular, envolvendo os jovens nesse universo, contribuindo para que eles se reconheçam como pertencentes a essas matrizes culturais nordestinas.
Outro objetivo é fortalecer o rico potencial turístico do município que vai desde elementos da pré-história (sítios arqueológicos), passando pelo patrimônio natural (cenários da caatinga e ribeiras do Velho Chico).
O lugar
Canindé de São Francisco está inserida em uma região com rica história popular, fazendo parte do universo cultural do cangaço. Foi palco de várias refregas entre cangaceiros e volantes.
(Por José Carlos dos Anjos Wallach)
