A cidade de Rio Tinto viveu nestas segunda e terça-feira (13 e 14) o clima de carnaval tradicional, com desfiles de ursos, bonecas, burrinhas e boi de reis, na Praça João Pessoa.
Não é novidade, é um ritual festivo cultural que a cidade adotou e repete há décadas. O chamado Carnaval Tradição de Rio Tinto existe há 30 anos e se baseia justamente nas expressões populares dos festejos de momo.
Essa característica torna o evento um dos mais importantes do Estado por promover a cultura popular. O simples fato de estar no calendário anual permite que tais expressões estejam sempre em pauta, o que facilita a disseminação de sua prática e a consequente longevidade dessa arte popular coletiva.
Noite dos ursos
Na noite desta terça-feira, desfilaram os ursos, ou alaursas. Foram nove grupos, seis infantis e três adultos – estes últimos passaram pelo concurso, sendo avaliados pela comissão julgadora organizada pela Prefeitura Municipal.
De acordo com a prefeita Magna Gerbasi, para efeito de estímulo à cultural popular e à manutenção desses grupos, os ursos infantis receberam, cada um, R$ 3 mil, enquanto aos adultos coube a quantia de R$ 5 mil por grupo.
Os brincantes capricham na apresentação, regida por regulamento próprio, para alcançarem a a Máscara de Ouro, a premiação atribuída aos melhores. As notas são coletas pelo júri técnico e por aclamação popular na hora da apresentação.
A coordenação do evento ficou sob a responsabilidade do diretor de Cultura do Município, Danilo Alex, antropólogo e conhecedor do universos dos mestres da cultural carnavalesca da região.
Uma das integrantes do júri técnico foi a pesquisadora Ana Almeida, que é professora e ativista cultural em Sapé, cidade que fica a 60km de Rio Tinto, que está localizado no litoral norte da Paraíba.
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(José Carlos dos Anjos Wallach + fotos: Ana Almeida)