“Foi uma brincadeira, nunca imaginamos que chegaria a isso”. A reação da enfermeira Socorro Castro, fundadora do Rubacão da Socorro, é justificável diante do crescimento do bloco, fundado em 2013. No sábado (4), pela quinta vez, centenas de foliões seguiram o cortejo que se concentrou na Vila do Artesão a partir do meio-dia e seguiu até o Parque do Povo, entrando pela noite com muita música.
Socorro: “Os blocos de Campina precisam de apoio”
A animação ficou por conta de artistas da terra – Gitana, Carlos Perê, grupo de percussão Maracagrande, Forró de Campina, Biliu de Campina e Trio Mamulengo.
“Nosso objetivo é relembrar o carnaval, que já não existe mais em Campina Grande. Existem blocos, mas eles precisam de apoio”, lembra Socorro.
‘Carnaval família’
Além de ser um símbolo de resistência do carnaval de rua de Campina Grande, o bloco Rubacão da Socorro tem a característica de reunir as famílias. “É realmente uma confraternização. Começamos assim e o clima continua”, disse Inaldete de Paula, uma das coordenadoras.
Ela contou que a preparação para o desfile começou um mês antes e que a dedicação e o envolvimento é que podem explicar o sucesso do grupo.
Nicodemos Passo, o homenageado neste ano
Frevo saúda o forró
O bloco é novíssimo, mas já tem a cara da cidade porque reúne os conterrâneos, dá valor à arte local e, ao final da folia, faz uma reverência respeitosa e muito bonita ao forró. Antes da dispersão, o trio elétrio foi tomado pelo ritmo mais característico do Nordeste, com a participação do Forró Campina, Biliu de Campina e trio Mamulengo.
Assim, o forró pé de serra recebeu do frevo a missão de manter a alegria em Campina, que dentro de três meses terá mais uma edição do ‘Maior São João do Mundo’.
(Reportagem: Snides Caldas / Edição: José Carlos dos Anjos Wallach)
