‘Tá Escrito’, novo disco da cantora Heloise Baylão, que chegou nesta terça-feira (13/6) às plataformas eletrônicas, é uma produção que uniu brasileiros e holandeses. Nas nove faixas há samba – uma paixão da artista – bossa nova, bossa jazz e maracatu. Este último ritmo está na faixa título do CD.
As músicas são assinadas por compositores de Goiás, onde nasceu Heloise, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A fotografia que compõe a arte do CD é do holandês Eduardo Suzana e a prensagem do disco foi feita tanto no Brasil quanto na Holanda.
“Foi tudo feito assim, meio à distância. Quando cheguei ao Brasil, recebi as músicas guia, ensaiei e gravei em estúdio lá em Goiânia”, diz a cantora.
Já lançado em mídia física na Europa e no Brasil, ‘Tá Escrito’ é um trabalho que sintetiza o que a própria Heloisa aponta como principal influência sonora em sua carreira de intérprete: a música latina.
“Algumas músicas vêm com essa pegada. Minhas influências vêm de nomes como Elis Regina, que adoro cantar, Gal Costa, Maria Bethânia, Alcione, Beth Carvalho… Essa turma é d aminha geração e isso foi crucial na formação do meu repertório”, explica.
A artista
Cantora há 35 anos, Heloise Baylão tem experiência internacional com a própria carreira, jornalismo cultural e eventos da área. Passou parte da juventude morando em Brasília e depois voltou à Goiânia, cidade natal, onde se apresentou no circuito bares-restaurantes e também fez shows.
Em 2001, um amigo holandês, que morava há um bom tempo no Brasil, organizou o ‘Mãos, pé e bocas do serrado’, um movimento cultural que reuniu artistas brasileiro e levou para a Holanda. “Foram 24 artistas de Goiânia e nós tivemos cerca de 40 apresentações”, lembra Heloise.
Foi nessa turnê que a brasileira conheceu o marido, o que a fez morar por mais 16 anos na Holanda. Ela, o companheiro e o holandês idealizador do festival juntaram-se para criar a fundação Samba de Quintal, que reúne e promove artistas brasileiro e esse ritmo, que é muito apreciado na Europa.
Heloise Baylão comandou um programa em TV culturais das três principais cidades do país – Amsterdã, Roterdã e Aia – onde apresentava música brasileira. Chegou a entrevistar grandes artistas brasileiros, entre eles Caetano Veloso, Jorge Bem Jor, João Bosco, Djavan, Ivete Sangalo e Olodum. Na Europa ela também organizou vários eventos com brasileiros.
Holanda tem prazer em ouvir
Heloise relata que a Holanda promove muitos ventos culturais, sobretudo no verão. É uma nação que consome muita cultura, mas no ramo da música a Holanda não tem um estilo próprio que se destaque.
“Eles são muito influenciados pelos ritmos estrangeiros, e a música brasileira é muito querida lá”, comemora Heloise, que mora há 4 anos em João Pessoa.
(José Carlos dos Anjos Wallach)
