A Fundação Cultural de João Pessoa optou por fixar em R$ 1,5 mil o teto de cachês a serem pagos a trios de forró que ainda estão no início de carreira e estão se estabelecendo. Como o orçamento desse edital é de R$ 60 mil, o órgão criou o teto para alcançar o maior número possível de trios.
A explicação foi dada nesta quinta-feira pelo presidente da Funjope, Maurício Burity, que recebeu uma comitiva de forrozeiros e ativistas culturais liderada pela produtora Joana Alves, coordenadora do Fórum Nacional de Forró de Raiz.
O grupo foi até à Fundação saber as razões do corte no valor dos cachês, que no ano passado foi R$ 3 mil. Para Joana e os forrozeiros, o corte desse valor representa a perda de uma conquista: “Tínhamos um patamar já negociado”, lembrou.
Redução pontual
Aos forrozeiros, o presidente da Funjope explicou que essa redução foi pontual, não atingindo cachês adotados em outros projetos como por exemplo o ‘Forró na Feira’, que se realiza todos os sábados na Feirinha de Tambaú, e o ‘Sabadinho Bom’, que ocorre também aos sábados, mas na Praça Rio Branco, no Centro.
Como será em 2020
Durante a reunião, dois pontos importantes ficaram definidos entre a Funjope e o Fórum do Forró de Raiz: o primeiro é que a entidade terá uma representação no comitê que discutirá e planejará as festividades juninas do próximo ano; o segundo ponto é que o Fórum apresentará minutas de dois editais, sendo um com cachês de R$ 1,5 mil e outro com cachês de R$ 3 mil.
Os cachês mais baixos serão destinados aos trios de menor estrutura e considerados novatos, uma forma de estimulá-los e ajudá-los em sua caminhada artística. O cachê maior será pago aos grupos que já têm uma agenda profissional há mais tempo, tem maior e melhor estrutura.
(Reportagem de Snides Caldas)
