Começou a retomada das atividades culturais presenciais, promovidas e patrocinadas pela Prefeitura de João Pessoa. O primeiro evento foi o próprio lançamento do Projeto Sol Maior, que ocorreu na quinta-feira (29/7) no Hotel Globo, no Centro Histórico da Capital.
O presidente da Fundação Cultural de João Pessoa, Marcus Alves, informou que o processo de retomada dos eventos com público será cuidado e gradual, em consonância com as avaliações das autoridades sanitárias em relação à pandemia da Covid-19.
Projeto que marca essa retomada, o Sol Maior foi idealizado pelo músico Dida Fialho, que dirige a Divisão de Música da Funjope. Será uma espécie de guarda-chuva para todos os eventos culturais que levarão música e outras expressões para praças e outros ambientes públicos.
Globo será a base
O início do projeto foi marcado pela abertura da exposição ‘João Pessoa em linhas e cores’, de autoria de um coletivo de jovens artistas plásticos que retrataram paisagens da cidade. Em seguida, o saxofonista Heleno Feitosa (Costinha) e o músico Helinho Medeiros, se apresentaram.
O evento se encerrou com a apresentação da Ciranda dos Tupinambás, grupo de coco, mazurca e ciranda, do bairro de Mandacaru (imagem no topo / Foto: Tiaguinho – divulgação). Estiveram presentes ainda a primeira dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, e do secretário de Gestão Governamental e Articulação Política do município, Diego Tavares.
O histórico Hotel, um dos atrativos da parte antiga da cidade, será a base para o Sol Maior. O gestor da Funjope, Marcus Alves, disse que nesse início da retomada, só mais três ambientes foram selecionados para abrigar esses eventos: o Pavilhão do Chá, a Casa da Pólvora e o Casarão 34.
“Esses lugares são fechados e oferecem condições para um nível de controle que impeça aglomerações”, explicou.
Pôr-do-sol com estilo
Enquanto, em Cabedelo, Jurandir do Sax faz sua nacionalmente conhecida apresentação de Bolero (Maurice Ravel), na praia fluvial do Jacaré, à margem do Rio Paraíba, João Pessoa ganhará o seu pôr-do-sol com estilo: “Nas quintas, ou sextas-feiras, às 17h, vamos acompanhar o espetáculo da chegada da noite ao som do ‘Trenzinho do Caipira’ (Heitor Villa-Lobos), tocado por Heleno Feitosa e Helinho Medeiros”, informa Marcus Alves.
Casa da Pólvora
O espaço, que na gestão anterior recebia o projeto ‘Pólvora Cultural’, coordenado pelo jornalista e produtor Chico Noronha, agora vai abrigar apresentações de grupos da cultura popular e exposições de artes plásticas e visuais.
Um desses eventos será uma exposição reunindo 26 artistas selecionados em edital ainda em 2019. O presidente da Funjope assegurou que esses artistas serão pagos e terão a exposição de seus trabalhos, que são de diversas expressões, entre elas artes plásticas, dança, literatura e fotografia. “Nos reunimos com os artistas e isso ficou definido”, complementou Marcus Alves.
‘Sabadinho bom’?
O tradicional show aberto em praça pública ficará suspenso por enquanto, até que a condições sanitárias estejam propícias aos eventos de grande público. Portanto, quando voltará e qual nome do projeto similar ainda não se sabe.
“Não houve corte”
Marcus Alves assegurou que o orçamento da Funjope está mantido: “Não houve corte. Fizemos remanejamento de siglas, uma coisa que ocorre naturalmente, um reordenamento interno. Tanto que a Câmara Municipal aprovou sem problemas”, disse, referindo-se à repercussão em grupos em redes sociais, a partir de uma interpretação equivocada da votação do projeto.
(*) Fotos: Tiaguinho – divulgação
(José Carlos dos Anjos Wallach)
