Zé de Regina, o pescador-curandeiro-ativista ganhou livro

Zé de Regina, o pescador-curandeiro-ativista ganhou livro

Eventos - 29, fevereiro, 2016
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José Maria Tavares de Andrade é filósofo, jornalista e pesquisador da Université de Strasbourg

O lugar encanta, inspira. À beira-mar de Cabedelo, você chega e logo embarca em um ambiente de cultura e poesia. Uma parte da história do nosso litoral, da nossa Cabedelo está bem ali, perto do cais, preservada em um ambiente rústico, mas rico em histórias, agora transformado no Bar e Restaurante Barba Ruiva.

Ao ar livre, com uma proposta inovadora, empreendedora e sustentável, o novo espaço une simplicidade e cultura, preservação e lazer, gastronomia e entretenimento.

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Zé de Regina contado em livro

Não é um simples bar, onde você se embriaga com iguarias, frutos do mar, drinks e coquetéis (com álcool e não etílicos). Tem isso, mas também é um espaço onde você se embriaga de cultura regional, de boas energias, da típica “magia brasileira”: que une a simplicidade, a força, a hospitalidade e a espiritualidade do seu povo.

Pois é justamente nesse lugar – no ‘Barba Ruiva ‘ – onde está preservada a história de um brasileiro simples, apelidado de ‘Zé’. Desta vez, o ‘Zé de Regina’: pescador de Cabedelo, rezador e curandeiro. Esse ‘Zé’, que já cumpriu sua missão aqui na terra e é conhecido do mar e de pescadores de Cabedelo, a partir de agora, sai do anonimato para ter sua história imortalizada nas páginas do livro “Magia Brasileira: Zé de Regina”, do autor José Maria Tavares de Andrade.

O lançamento não podia ser diferente. Aconteceu em um lindo fim de tarde, ao som de pífano, rabeca e poesias, em meio à simplicidade, boas conversas e amigos. Quem apareceu? O Dom Quixote Literário, figura já carimbada como artista empreendedor, o paulista mais natural de Alagoa Grande que já existiu e símbolo da Economia Criativa: “A poesia está no ar, na pintura das paredes. Aqui, tudo é magia e poesia”, apresentava o Dom Quixote, o mestre de cerimônia deste lançamento, que terminou na noite do sábado (27).

Para unir os laços culturais, o jovem rabequeiro Douglas Feitosa, que nos presenteou com sua ‘rabeca mágica’ e com seu talento. E o grande homenageado da festa – o Zé de Regina – foi apresentado pelo seu autor, José Maria Tavares: “Zé de Regina era curandeiro. Analfabeto, mas cidadão consciente e politizado. Apesar disso, era muito simples, não gostava de ser chamado de ‘Deus da Praia'”, comentou o autor. Zé de Regina morreu antes dos 70 anos, mas deixou sua vida como história.

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Barba Ruiva – Bar e Restaurante: pequeno, aconchegante, poético

 

A descoberta deste lugar? Foi dela, de Regina. Não a Regina do Zé, mas a Regina Amorim, do Sebrae, que coloca sentimento e amor em tudo que faz e transforma algo simples num grande sucesso: “O turista também se enriquece de cultura. Ele gosta de levar na bagagem muito mais do que lugares. Ele gosta de levar histórias, pessoas e muita riqueza cultural”, ressaltou.

Regina Medeiros Amorim, gestora de Turismo do Sebrae-PB, levou um grupo de jornalistas e promotores de eventos para conhecer o novo empreendimento. O final não poderia ser diferente: noite de muita cultura com uma pitada do melhor da chamada ‘magia brasileira’: simplicidade, criatividade, amizade e amor. A festa foi completa!

(Por Henriqueta Santiago / fotos de José Carlos dos Anjos Wallach)

 

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