Festival de Música da Paraíba dará R$ 20 mil em prêmios

Festival de Música da Paraíba dará R$ 20 mil em prêmios

Música - 8, fevereiro, 2019

 

Com duas eliminatórias e uma final, o 2º Festival de Música da Paraíba mantém a estrutura da primeira edição, e vai entregar R$ 20 mil em prêmios. O evento, que visa estimular e dar visibilidade à produção musical paraibana, foi anunciado pelo governador João Azevêdo.

As inscrições foram iniciadas na terça-feira (5) e seguem até 5 de março, exclusivamente pelo site festivaldemusica.pb.gov.br.

No link é possível encontrar o edital, formulário e anexos referentes à documentação necessária. Este ano, o Festival vai homenagear o centenário de nascimento do músico paraibano Jackson do Pandeiro.

As eliminatórias estão previstas para acontecer no dia 18 de maio na cidade de Alagoa Grande e em 25 de maio em Monteiro, enquanto a final deverá ocorrer no dia 31 de maio no Espaço Cultural José Lins do Rêgo, em João Pessoa.

Serão pagos R$ 20 mil em prêmios, sendo R$ 10 mil para o primeiro colocado, R$ 5 mil para o segundo, R$ 3 mil para o terceiro e R$ 2 mil para melhor intérprete. O festival é uma realização do Governo do Estado, por meio da Empresa Paraibana de Comunicação, representada pela Rádio Tabajara, Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) e Secretaria de Estado da Comunicação (Secom).

Em 2018

A primeira edição do Festival de Música da Paraíba, realizada no ano passado, homenageou a tocadora de pífano Zabé da Loca. Foram recebidas mais de 300 inscrições, das quais 24 foram selecionadas para duas eliminatórias realizadas em Campina Grande e Cajazeiras.

Desse total, sobraram 12 para a etapa final, que aconteceu em João Pessoa. Com a canção ‘Imprópria’, o cantor e compositor Chico Limeira ficou com o prêmio de Melhor Intérprete e também faturou o primeiro lugar no Festival de Música da Paraíba. Tom Drummond levou o segundo lugar, com ‘Capitu’ e o quarteto Avuô ficou com a terceira colocação com ‘Sopro da Loca’. A noite terminou com show de Chico César.

(Veja aqui como foi a final do ano passado)

Para quem

Podem participar artistas comprovadamente residentes na Paraíba, com idade acima de 14 anos e com música autoral inédita. O candidato deve, no momento da inscrição, declarar e se responsabilizar pelo caráter inédito da obra, seja em relação à letra, seja em relação à música.

Jackson do Pandeiro

Paraibano de Alagoa Grande, Jackson do Pandeiro nasceu em 31 de agosto de 1919, no Engenho Tanques, com o nome de José Gomes Filho. Ele era filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão. Através dela Jackson começou a tomar gosto pelo ritmo como tocador de zabumba. Após a morte do pai, José Gomes, no início dos anos 30, a família mudou-se para Campina Grande. A pé, Flora e três filhos: José (Jackson), Severina e João partiram para uma nova vida após quatro dias de viagem.

Em Campina Grande, teve diversos trabalhos e começou a prestar atenção nos cantadores de coco e violeiros das feiras. Foi lá que surgiu seu primeiro nome artístico, Jack, por influência dos filmes norte-americanos de faroeste a que assistia no cinema. Nos anos 40 transferiu-se para João Pessoa, onde tocou em cabarés e emissoras de rádio. Mais tarde foi para Recife, e foi lá, na Rádio Jornal do Comércio, que adotou definitivamente o nome Jackson do Pandeiro. Em 1953 gravou seus primeiros sucessos: “Sebastiana” (Rosil Cavalcanti) e “Forró em Limoeiro” (Edgar Ferreira). Três anos depois casou-se com Almira, que se tornou sua parceira nas apresentações. No mesmo ano foram para o Rio de Janeiro, e Jackson foi contratado pela Rádio Nacional, onde foi um sucesso de público e crítica por sua maneira de cantar baiões, cocos, rojões, sambas e marchinhas de carnaval.

Sua influência é até hoje sentida em artistas que regravam as músicas que Jackson celebrizou, como “O Canto da Ema”, gravada por Lenine, “Na Base da Chinela”, por Elba Ramalho, “Lágrima”, por Chico Buarque, ou “Um a Um”, pelos Paralamas do Sucesso. Compositor inspirado e instrumentista de raro talento, popularizou outros clássicos da música nordestina, como “Chiclete com Banana” (Gordurinha/ Almira Castilho), “Xote de Copacabana” (José Gomes), “17 na Corrente” (Edgar Ferreira/ Manoel Firmino Alves), “Como Tem Zé na Paraíba” (Manezinho Araújo/ Catulo de Paula), “Cantiga do Sapo”, “A Mulher do Aníbal”, “Ele Disse” (Edgar Ferreira) e “Forró em Caruaru” (Zé Dantas). Em 1998 foi o grande homenageado no 11º Prêmio Sharp de Música.

(Da Redação, com Secom-PB)